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Irã aceita acordo de troca de combustível nuclear na Turquia

Teerã vai enviar 1.200 quilos de urânio enriquecido a 3,5% em troca de 120 quilos de urânio enriquecido a 20% para uso civil

Sidney Borges com informações do El País
Irã, Brasil e Turquia assinaram um acordo para troca de combustível nuclear destinado a desbloquear a crise do programa nuclear iraniano. Sem conhecer as letras miúdas do compromisso pode-se afirmar apenas que é semelhante ao proposto pela comunidade internacional em Genebra, em outubro passado. A novidade é a inclusão da garantia de que caso a troca não aconteça a Turquia devolverá o urânio pouco enriquecido para o Irã. Parece lógico. Também parece óbvio.

O que de fato interessa é o limite do enriquecimento. Para produzir energia elétrica 20% está de bom tamanho. Para fazer bomba atômica precisa mais. Por volta de 80%. O teatro em torno da nuclearização do Irã tem jeitão de pantomima. Cria-se dificuldade para vender facilidade.

Ontem expressei dúvidas em torno do alarde sobre um tema que costuma ser mantido em segredo. As nações que detém armamentos nucleares trabalharam em silêncio. Os aiatolás gritam e ameaçam varrer Israel do mapa com bombas do porvir.

Firmado o acordo dissipam-se as nuvens da dúvida. Um levanta, o outro corta. Ahmadinejad levanta, Lula corta, Lula levanta, Ahmadinejad corta. Troca-troca. Ou melhor, pulo do gato.

Eu, peixe pequeno, percebi. A torcida do Corinthians também deve ter percebido. Vamos esperar o próximo lance.

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