Espanha


A vez do touro

Sidney Borges
Touradas fazem parte do universo cultural da Espanha. Tenho em minhas veias grande dose de sangue espanhol, mas tenho profunda aversão a esse "esporte", que de esporte nada tem. Para mim não passa de sadismo primitivo. Coisa de bárbaros.

Olhando a foto dá para avaliar o sofrimento do animal. Os dardos nas costas doem. Imagine suas costas espetadas com dardos farpados. Na foto dá para ver cinco. São pesados e funcionam como alavancas. Quando o touro corre tentando livrar-se deles a carne é rasgada, o sangue esguicha. A dor cega o animal que não entende o porquê de tanta irracionalidade. Onde está a graça?

Toureiros não toureiam vacas pois estas não tiram os olhos do alvo, se o toureiro desviar elas também desviarão. Touros correm olhando para baixo. O toureiro desvia e crava um dardo, depois outro, depois outro.

A platéia sente o cheiro de sangue e ulula de prazer.

Com a perda de sangue e o terror da situação o pobre animal perde as forças e, antes de ser morto, ainda tem de ouvir os gritos sádicos dos irracionais da platéia. Além de sentir prazer com o sofrimento do animal, ainda o humilham com olés.

Em certos dias o touro vence.

Na foto o touro batizado como "Opíparo" crava o chifre no maxilar inferior do toureiro Julio Aparicio, causando ferimentos de grande extensão. Observe o detalhe da ponta do chifre saindo da boca do toureiro.


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