Coluna do Celsinho

Bravatas

Celso de Almeida Jr.
Não sei exatamente que bicho mordeu o assessor especial do presidente Lula, sr. Marco Aurélio Garcia.

Acredito que, possivelmente, o fato se deu na adolescência.

O grande jogo de cena internacional, tentando revelar que a diplomacia brasileira está atuando de forma mais ousada, dada a posição emergente do país, evidenciou o caráter anti-americano que domina a cúpula do governo federal.

Aquele eterno dogma juvenil pró extermínio do império.

Pergunte a um historiador dos Estados Unidos o que é que eles aprenderam com as guerras que participaram.

Como sofreram com atores não confiáveis no cenário internacional.

Que preço pagaram para liquidar com o nazismo na 2ª Guerra Mundial.

É preciso que nosso governo tenha um mínimo de compostura.

Aliás, a tradição de nossa diplomacia está associada à discrição.

Não tem nada a ver com este barulho infantil do acordo nuclear do Irã.

Por que o Brasil foi se meter nesta confusão?

Ora, nunca na história deste país...dirá o presidente!

Nunca mesmo!

Nunca fomos tão arrogantes a ponto de imaginar que a nossa “ginga” fosse sensibilizar o governo iraniano para rever a sua postura quanto ao desenvolvimento da energia atômica.

O que importa é que o mundo responsável não deve permitir que mãos inescrupulosas dominem a energia nuclear.

Se o Irã afirma que aspira fins pacíficos, que abra então as suas instalações para a comunidade internacional.

É a garantia que todos desejam.

Imaginar que as potências mundiais tenham se sentido diminuídas porque o acordo foi conduzido por nações emergentes é ter muita pretensão.

Aliás, esta tem sido a postura reincidente de Marco Garcia e, por tabela, do presidente Lula.

Em diversas frentes.

No trato com a imprensa.

No achincalhe desqualificado às vozes oponentes.

No repetitivo desrespeito à legislação eleitoral.

Nos ataques gratuitos ao poder judiciário.

Na vergonhosa verborragia vomitada nos depoimentos que dá pelo país.

Postura que, aliás, tem servido de modelo a diversos prefeitos Brasil afora...

Ora, lidar com a massa ignara não é tarefa difícil.

Lula incorporou o espírito generoso do povo brasileiro, mas não abriu mão das questionáveis benesses deste poder perdulário.

Ele e seus interlocutores mais fiéis.

Colocam-se acima do bem e do mal e iludem este povo despreparado, que vive feliz com grossos carnês de bens de consumo.

Povo que não aprendeu a fazer contas, que paga três vezes o valor do produto com prestação pequenina.

Francamente, prezado leitor.

Este circo merece ser desmontado.

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Comentários

Saulo Gil disse…
Iludido é aquele que só ouve falar em soberania, quando o soberano diz. As mortes continuam com a alma de interesses. Também diziam mal do Saddam. Mas os palhaços sentados na platéia se esquecem e batem palmas para mais um espetáculo da razão soberana. Circo por circo, eu prefiro o de São Paulo, que há mais de 20 anos segue firme com sua alienação burguesa. Fora do picadeiro, insegurança, deseducação, falta de hospitais, falta de rodovias, falta de saneamento, falta de respeito. Faz-se necessário com mais urgência, o desmonte do circo paulista. O circo nacional ao menos deixou entrar quem não tinha o dinheiro para o ingresso (políticas de inclusão circense). Já o circo soberano, segue com os aplausos dos palhaços da platéia.

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