Crônica

Lembranças

Sidney Borges
A chuva voltou trazida pela ventania, despenteou árvores e assustou o Brasil. Aos leitores novos aviso que Brasil é o meu cachorro, cujo nome é uma homenagem a este belo país, cheio de campos verdejantes, andorinhas e tatus. Surfo na onda temporal, no limiar dos acontecimentos, o passado é estático, imutável, referência. E quanto ao futuro, fico com a canção: “amanhã ninguém sabe, traga-me uma morena, antes que o amor acabe...”. Na noite passada sonhei com o Natal de 1971. A data ficou gravada em minha cabeça por causa da música da televisão:

“Hoje a festa é sua,
Hoje a festa é nossa,
É de quem quiser,
É de quem vier.”

Eu não tive vontade de festejar o Natal de 1971, mas caminhando pelas ruas e ouvindo o povo cantar acabei entrando na onda. Juntei os cacos d’alma, contabilizei enganos e desenganos, tomei umas e outras e fui dormir. Têm dias que a gente se sente assim, como alguém que partiu ou morreu. O Natal de 1971 está na minha memória. Estático e imutável.

“Hoje é o novo dia
De um novo tempo
Que começou...”

Comentários

Anônimo disse…
Música se não me falha a memória,composta por Marcos valle e Nelsinho Motta.Inspirada em Burt Bacharach"What The World Need is Love".

TODOS OS NOSSOS SONHOS
SERÃO VERDADE
O FUTURO JÀ COMEÇOU
HOJE A FESTA É SUA
HOJE A FESTA É NOSSA........

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu