Angra 3. Sim ou Não?



O que fazer com o chamado lixo nuclear?

Os rejeitos radioativos produzidos nas usinas nucleares são medidos, tratados e embalados em recipientes seguros e armazenados em repositórios monitorados continuamente – ou seja, permanecem segregados. Essa é a grande vantagem das usinas nucleares: os rejeitos ficam isolados do meio ambiente.
Há três tipos de rejeitos, ou resíduos radioativos. Os de baixa atividade são compostos de luvas, papéis, filtros, panos de limpeza etc, utilizados nas operações de manutenção das usinas. Os de média atividade compreendem tipicamente as resinas iônicas, as lamas químicas e os revestimentos metálicos do combustível, assim como equipamentos que tiveram contato com essas substâncias, e peças e componentes oriundos das operações de desativação de instalações nucleares.
Os rejeitos de alta atividade são, basicamente, o combustível queimado dos reatores nucleares ou os resíduos das operações de reprocessamento, que compreendem o tratamento químico do combustível irradiado, retirado do reator, para o reaproveitamento deste material em novos elementos combustíveis. Na maioria são líquidos que contém produtos de fissão ou, se não houver reprocessamento, o próprio combustível descarregado dos reatores. Os elementos combustíveis queimados são altamente radioativos, contém a atividade de vida longa e necessitam de resfriamento, durante um período que pode variar entre 20 e 50 anos. Durante esse intervalo de tempo, são mantidos em piscinas especialmente projetadas dentro das centrais nucleares que os utilizaram. Muitos países estão trabalhando para conseguir a deposição final destes rejeitos em depósitos subterrâneos, de 220 a mil metros de profundidade, em formações geológicas milenarmente estáveis (como o granito).
A Eletronuclear armazena os rejeitos de baixa e média atividade em depósitos localizados na central nuclear de Angra dos Reis, e está em fase de conclusão dos estudos para o destino final desse material. Já o depósito definitivo dos rejeitos de alta atividade vai depender da decisão futura de reprocessar, ou não o combustível usado pelos reatores nacionais, o que deverá ocorrer até o término da vida útil das usinas, ou seja, num horizonte de cerca de 20 anos no caso de Angra 1. Até lá o combustível usado poderá permanecer armazenado de forma segura na central nuclear.
Considerando –se uma usina nuclear de 1 mil megawatts de potência, a geração de resíduos radioativos é de 23 toneladas em um ano, com apenas uma tonelada de rejeitos de alta radioatividade. O volume de rejeitos pode ser reduzido em cem vezes com o reprocessamento. Já uma usina de carvão do mesmo porte, gera, em um ano, cinco milhões de toneladas de gases, cinzas e metais pesados, emitindo diretamente para a atmosfera. E as usinas a gás emitem cinco milhões de toneladas de gás carbônico por ano. (ABEN)

Segue: Não teria sido melhor debater mais com a sociedade antes de se tomar uma decisão sobre Angra 3?

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