Sobre dengue e coisas afins...

Reflexões de fim de dia

A chuva voltou a marcar presença em Ubatuba. Exatamente na época em que os beija-flores pretos e brancos foram embora. Segundo o ornitólogo Carlos Rizzo, quando esses pássaros migram é porque o calor terminou, ou está em vias de. Bem, resta um resíduo inercial, ou seja, não esfriou o tanto que precisava para aplacar a fome do aedes. Durante algum tempo ainda teremos dengue, depois só no ano que vem. Por falar em dengue, estão culpando demais quem não tem culpa, afinal de contas posso falar de camarote, nunca me furtei às críticas. Não sei o porquê da epidemia ter alcançado Ubatuba com maior intensidade do que atingiu aos municípios vizinhos, tive o cuidado de consultar e o que foi feito aqui em termos de prevenção não foi muito diferente do que foi feito em outros lugares. O professor Isaías Raw, do Butantan, expressou bem o que eu já imaginava. Não vai ser possível acabar com a dengue a partir da erradicação do mosquito, tarefa quase impossível. Sempre haverá indivíduos remanescentes que se multiplicarão assim que as condições climáticas forem favoráveis. Além disso, o aedes faz parte da cadeia alimentar. A solução é criar uma vacina e isso é tarefa federal. A salvação parece que virá do Império, que tem soldados estacionados em todas as partes do mundo. Para preservar a integridade de seus legionários os americanos estão investindo pesado na vacina. Nós seremos beneficiados por tabela, embora a participação do Instituto Butantan não deva ser minimizada. A malária também foi um flagelo durante muito tempo, hoje está controlada, mas se as condições climáticas continuarem no rumo em que estão voltaremos a nos preocupar com o anófeles, vetor do espiroqueta que causa a moléstia. Em parte devemos o advento dessas pragas ao aumento da temperatura, que parece inevitável e nos coloca frente à possibilidade de aniquilamento. Como ficaria o Universo caso o homem desaparecesse? Talvez nem existisse mais Universo. Fomos nós que criamos o Universo e a continuidade de sua existência depende de nossa energia mental. Se desaparecermos ele vai conosco. Amanhã entrevistarei uma formiga para ver se ela concorda. Por hoje chega. (Sidney Borges)

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