Questão de estilo

Maluf pode ter desviado US$120 mi de obra, diz promotor de NY

NOVA YORK (Reuters) - O ex-prefeito de São Paulo Paulo Maluf, que foi indiciado em Nova York por suspeita de desvio de recursos na construção da avenida Roberto Marinho, pode ter arrecadado 120 milhões de dólares em propinas, disse o promotor do distrito de Manhattan Robert Morgenthau, nesta terça-feira.
Um júri popular de Nova York indiciou Maluf e quatro outras pessoas por suspeita de roubo e conspiração em março, seguindo uma investigação liderada pelo escritório de Morgenthau com a cooperação de autoridades brasileiras.
Maluf, que já foi candidato à Presidência, se elegeu deputado federal em 2006 pelo PP e foi prefeito da cidade de São Paulo e governador do Estado de São Paulo.
Morgenthau disse à Reuters em entrevista que o projeto da antiga avenida Água Espraiada deveria custar 200 milhões de dólares, mas acabou custando 600 milhões de dólares, em grande parte por meios ilegais.
"Acusamos Maluf de passar 11,5 milhões por aqui (Nova York) porque temos todas as notas e tudo. Podemos provar que isso tudo foram propinas nesse contrato. Acreditamos que ele roubou 120 milhões desse projeto", disse Morgenthau.
O indiciamento alega que o dinheiro foi transferido para um banco de Nova York e então para outra conta em Jersey.
No Brasil, um assessor de imprensa de Maluf disse que o caso é resultado de perseguição política e que o ex-prefeito nunca teve uma conta bancária em Nova York.
Um mandado de prisão foi emitido, mas a lei brasileira impede a extradição de cidadãos brasileiros aos Estados Unidos. Não está claro se a ação judicial em Nova York pode levar a um processo contra Maluf no Brasil, embora o promotor tenha dito que as autoridades brasileiras indiciaram mais de 80 pessoas no Brasil com base nas informações dadas por ele.
Maluf há tempos é acusado de corrupção e passou um breve período preso na Polícia Federal em São Paulo, em 2005, acusado de lavagem de dinheiro. Mas ele também tem reputação de realizador de obras públicas.
O promotor disse que seu escritório adquiriu ordens judiciais autorizando-o a entregar notas da investigação do júri para autoridades brasileiras. As deliberações do júri normalmente são mantidas em sigilo. (Por Daniel Trotta e Paritosh Bansal)

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