Lembo não entendeu nada

Da coluna de Elio Gaspari na Folha de S. Paulo, hoje:

"O governador de São Paulo, Claudio Lembo, como Tancredo Neves, veste-se com a frugalidade dos anacoretas. Deveria evitar a consultoria fashion. Defendendo o guarda-roupa boca-livre de Lu Alckmin, disse que ele serve para "divulgar a moda brasileira, o estilo brasileiro e a mulher brasileira". Discuti-lo seria "uma grande tolice".
Num mês, madame Alckmin veste mais grifes estrangeiras que Elisabeth de Windsor, Laura Bush e Bernadette Chirac em um ano. Seu Valentino vermelho é inesquecível.

Nesse aspecto, Lu Alckmin divulga a moda estrangeira. Indo-se ao seu cabideiro de peças da grife nativa de Rogério Figueiredo, Lembo deveria ter lido a entrevista que o estilista deu à repórter Mônica Bergamo. Está lá: "Tudo de dona Lu sempre foi importado. Nada é nacional". O Bolsa-Roupa é um estímulo à indústria têxtil de ultramar.

Fica uma dúvida. Quantas peças teve o mimo? "Poucas" (segundo a assessoria da senhora), "quarenta" (segundo ela própria) ou "400", segundo Rogério Figueiredo? Para o pessoal do Bolsa-Família, um trapinho desses sai por R$ 1.000, pelo menos."

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