Bonde



Casa Verde

Sidney Borges
Tive o privilégio de andar nos veículos acima e também no trem da Cantareira. O que me fez publicar a foto foi o destino dos coletivos, o bairro paulistano denominado Casa Verde.
Fiquei feliz naquela manhã em que saímos no carro de meu pai, eu, meu avô e o irmão dele, meu tio avô, com meu pai ao volante. Fomos visitar um parente distante na Casa Verde. Desde a noite anterior eu não via a hora de conhecer a Casa Verde.
Confesso que fiquei desapontado, a casa era branca. Para ter certeza do que os meus jovens olhos viram, na volta perguntei:

- A casa é branca?
- É, disse o meu avô. Branquinha completou meu tio avô. Acabaram de caiar arrematou meu pai.
Depois de pensar um pouco tornei a perguntar:
- A gente não foi na Casa Verde?
- Estamos voltando de lá, disse meu avô.
- A casa verde então é branca?
- Não, Casa Verde é o nome do lugar que tem uma casa branca onde mora o concunhado do tio Leonildo. Quer biju?
Aceitei, paramos ao lado do vendedor e eu ganhei um biju extra na roleta do tubo que o vendedor levava às costas. Depois compramos quebra-queixo e machadinha, gosto das cores da machadinha, rosa e branco.
Demorei anos até entender que há casas brancas na Casa Verde, embora a Casa Branca de verdade esteja muito longe, lá na capital da gringolândia.

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