Trabalho escravo

Relatório associa tráfico de pessoas a canaviais

Documento alerta para exploração sexual de crianças e trabalho escravo

Gilberto Scofield Jr. em "O Globo"
O relatório sobre tráfico humano mundial do Departamento de Estado dos EUA mantém o Brasil, pelo oitavo ano consecutivo, (com exceção de 2006, quando foi rebaixado para uma lista de observação) na posição de país que não cumpre padrões mínimos de ação contra o trabalho escravo, apesar dos esforços na criação de leis que criminalizam essas práticas. O relatório diz, citando a Polícia Federal, que entre 250 mil e 400 mil crianças são exploradas sexualmente em áreas turísticas e bordéis.


Além de mulheres e crianças traficadas para prostituição, mais de 25 mil homens são sujeitos ao trabalho escravo nas lavouras de cana para produção de açúcar e etanol, fazendas de gado e de grãos na Amazônia e campos de mineração. O documento lembra que, com o aumento nas exportações de etanol, os casos de tráfico para trabalho escravo em fábricas de etanol tende a crescer. No início do ano, mais da metade dos cinco mil homens libertados no país trabalhavam em canaviais.

- Há a sensação de que a crise aumenta casos de tráfico de pessoas no mundo, à medida que os mais afetados passam a aceitar fazer de tudo por um emprego e acabam prisioneiros - diz o embaixador Luis C. de Baca, embaixador e diretor do Escritório de Monitoramento e Combate ao Tráfico de Pessoas do Departamento de Estado.

O estudo, realizado em 175 países (nas Américas, apenas Canadá e Colômbia combateriam adequadamente o tráfico humano), diz que o Brasil precisa ampliar esforços para investigar e punir os responsáveis.

O secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, reagiu afirmando que o documento, é um "resquício da era Bush". (Do Blog do Noblat)

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