Futebol

Noite gelada e frustrante

Sidney Borges
Confesso que não havia muita expectativa de minha parte em relação ao jogo de ontem. O São Paulo que tenho acompanhado perdeu a objetividade, não consegue fazer gols, e futebol sem gols é como macarrão sem queijo ou amor sem beijo.

Na hora do vamos ver sentei-me em frente ao aparelho.

Fazia um frio de lascar, o dia de ontem começou dando a impressão de que ia esquentar, mas no final da tarde a coisa tomou outros rumos e eu precisei ver o jogo enrolado num cobertor. Nas mãos uma xicara de chá à guisa de luvas.

E o São Paulo patinando. O Cruzeiro, mais estruturado jogava com a objetividade dos campeões.

Contra equipes desse naipe só vence quem tem pelo menos um craque de fazer chover, coisa rara no futebol de hoje. Sobra preparo físico, falta técnica.

No intervalo dei uma zapeada e encontrei no canal de filmes antigos o clássico "Mundo em perigo", de 1954, sobre formigas de 4 metros, mutação genética produzida por testes nucleares.

Voltei ao jogo, o Cruzeiro começava a gostar da partida e com um jogador a mais logo fez o primeiro gol.

Preferi mudar de canal e ficar com as formigas gigantes, filmes de ficção científica sempre me interessaram, mesmo quando primários como o de ontem.

Primários, mas não infantis como o futebol do tricolor.

Com esse timinho o São Paulo está mais perto da segundona do que imagina.

Craques, precisamos de craques.

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