Manchetes do dia

Quinta-feira, 31 / 01 / 2008

Folha de São Paulo
"Coronéis da PM afrontam governo do Rio"
Um dia após o governador Sérgio Cabral (PMDB) ter demitido a cúpula da Polícia Militar do Rio de Janeiro, um grupo de oficiais da PM reagiu e pediu exoneração de cargos de comando, ampliando a crise interna da instituição no Estado. Segundo o Grupo dos Barbonos -referência ao antigo nome da rua Evaristo da Veiga, onde fica o quartel-general da PM- 45 oficiais da PM de diversas patentes entregaram ontem cartas pedindo para deixar as chefias que ocupam. Querem a saída do secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, e a volta do coronel Ubiratan Ângelo ao comando da corporação. Em reunião no final da noite de ontem, em uma sala com cerca de 300 pessoas (entre oficiais, parlamentares e familiares de PMs), a Associação dos Militares Oficiais Estaduais do Rio, que congrega os líderes do movimento, amenizou o tom contra Beltrame, em carta a ser enviada ao governador. Enquanto na reunião de anteontem a saída de Beltrame era "exigida" no texto, na de ontem era "recomendada". A carta abre a possibilidade ainda de que, caso o secretário não seja demitido, fique fora das discussões sobre reajuste dos PMs. Os líderes do movimento dizem que no grupo há pelo menos 14 coronéis (posto máximo da hierarquia da PM) e 13 tenentes-coronéis que comandam batalhões. No total, a PM tem em seus quadros 2.631 oficiais, e cerca de 70 coronéis e mais de cem postos de chefia.


O Globo
"Coronéis mantêm o desafio com renúncia coletiva na PM"
A mudança no comando geral da PM não conseguiu contornar a crise na corporação. Um dia após a queda do seu comandante-geral, 45 coronéis e tenentes-coronéis desafiaram o governo do estado e entregaram seus cargos, de um total de 90 postos de comando. O governo do estado garantiu que o policiamento no carnaval não será prejudicado, mas pela manhã policiais de quatro batalhões ameaçaram cruzar os braços. O governador Sérgio Cabral negou que haja crise na PM e disse que "não é meia dúzia de membros que vai atrapalhar". Diante da persistência do clima de insubordinação, a posse do novo comandante, coronel Gilson Pitta, foi antecipada e pela primeira vez ocorreu a portas fechadas. Pitta não quis adiantar as mudanças que fará.


O Estado de São Paulo
"União Européia suspende compras de carne do Brasil"
A União Européia (UE) suspendeu ontem por tempo indeterminado a compra de carne bovina brasileira. O motivo foi a lista preparada pelo governo do Brasil de 2,6 mil fazendas supostamente aptas a atender às condições sanitárias exigidas pela UE. Após inspeções, veterinários europeus haviam concluído que apenas 3% das fazendas brasileiras estão nessas condições - cerca de 300. Entre as exigências está a necessidade de comprovação de que o gado esteja há mais de 90 dias em um Estado livre de febre aftosa. Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo já estão fora da lista por causa da aftosa detectada há dois anos. Uma nova missão da UE será enviada ao País. O governo alega que todas as 2,6 mil fazendas cumprem as exigências e que não poderia eliminar a maior parte delas da lista. Relatório da Organização Mundial da Saúde Animal prestes a ser publicado deve agravar a situação dos exportadores, por apontar alto risco de aftosa no Brasil.


Jornal do Brasil
"Expurgo na PM"
Na posse do novo comandante da PM, coronel Gilson Pitta Lopes, a crise interna e a renúncia de 47 oficiais, 17 deles à frente de batalhões, forçaram a suspensão da tradicional formatura no QG. Para o governador Sérgio Cabral, o desafio forneceu a oportunidade para iniciar um expurgo, abrindo caminho para um conceito de segurança pública baseado em planejamento, redução de confrontos e aperfeiçoamento da tropa. Enquanto a PM discutia, 200 agentes da Polícia Civil ocuparam o Jacarezinho e a Mangueira. Na ação, nove suspeitos morreram, cinco ficaram feridos, 31 motos e quatro carros foram recuperados, armas, drogas e 650 engradados de cerveja falsificada apreendidos.

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