Proprietários solicitam leilão


Os veículos acabam por tornar-se criadouros de mosquitos e ratos

Cristiane Zarpelão
Claudia Selma Meira e Marco Aurélio Meira, proprietários do pátio da Santina, no bairro Jardim Carolina, local para onde são encaminhados, apreendidos e guardados automóveis, motocicletas e bicicletas decorrentes de roubos e acidentes, solicitam ao delegado de Ubatuba, Fausto Mouro Cardoso, um leilão para que o pátio possa ser desocupado. “O pátio funciona desde 1994 e temos carros encostados aqui desde 1994. Solicitamos ao senhor delegado que faça um leilão, pois o “entulho” de carros, motos e bicicletas muito antigos está causando problemas a nós e aos vizinhos”, diz Claudia.
Segundo Marco Aurélio, a SUCEN (Superintendência de Controles de Endemias) constatou que nos veículos abandonados há focos de larvas do mosquito da dengue. “Isso sem contar, com o aparecimento constante de ratos e cobras”, enfatiza. “A área do pátio tem cerca de 2.000 m2 e têm aproximadamente 280 veículos, entre carros, motos e 500 bicicletas. Está superlotado”, afirma Claudia.

Os proprietários dizem que “desde a abertura do pátio em junho de 1994, só aconteceu um leilão e o leiloeiro roubou cerca de R$ 70.000,00. Parece que o caso não foi resolvido até hoje”, dizem.
Para manter o negócio, os proprietários prestam serviços de guincho e a diária de cada automóvel custa R$ 10,00. “Como muitos veículos estão abandonados, esperamos o leilão para sermos ressarcidos”, diz Claudia.
Marco ressalta que “as bicicletas também são um grande problema, pois ficam empilhadas enferrujando e há muitas tentativas de roubo. A Policia Militar faz um bloqueio das bicicletas em pontos estratégicos da cidade e procura o número do quadro. Se estiverem raspados eles apreendem”.
Caso uma pessoa tenha tido sua bicicleta roubada e quiser procurá-la no pátio, basta levar ao local a nota fiscal da bicicleta.

Outro lado

Segundo o delegado Fausto Mouro Cardoso já está sendo preparado o processo de leilão e a portaria correspondente já foi publicada no diário oficial, os proprietários já estão sendo comunicados e já foram expedidas as notificações.
Em relação ao leilão ocorrido em 2004 o delegado diz que “o leiloeiro não repassou o valor aos pátios, mas ele já deixou de fazer leilões e o processo criminal contra ele está tramitando”, conclui.

Foto: Renato Boulos/USC

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