A aeronave voou na velocidade média de 120 Knots na travessia oceânica, voando rente às ondas para aproveitar o efeito solo e economizar combustível. Sem piloto automático, o voo foi feito "na mão", o que exigia grande concentração do piloto, ainda mais considerando o fato de ser um voo rasante. O radio-operador Günther Fechner buscava quaiquer sinais de rádio para fazer uma triangulação por radiogoniometria e determinar a posição do avião, enquanto o mecânico de voo Otto Gruschwitz subia a todo momento nas naceles dos dois motores BMW de 680 Hp da aeronave.

O voo transcorreu sem incidentes e foi bastante tranquilo. Após 11 horas de voo, o piloto finalmente avistou o Pico, a montanha mais alta do Arquipélago de Fernando de Noronha. Sobre o arquipélago, circulou e juntou-se a outra aeronave Dornier Wal, D-2069, o Mosun, comandada pelo experiente piloto Rudolf Cramer von Clausbruch, que o acompanharia nos últimos 400 Km da travessia até Natal, onde pousaram na foz do rio Potengi, após 14 horas e 10 minutos de vôo.

Apenas 20 minutos depois, a carga já estava no ar novamente, transferida para uma aeronave Junker W-34, matriculada PP-CAN e batizada Tietê, do Syndicato Condor, empresa subsidiária da Lufthansa (então, Luft Hansa). O Tietê escalou em Recife e Salvador e prosseguiu direto para o Rio de Janeiro, onde pousou na Baía da Guanabara, próximo ao bairro do Caju. O Tietê era comandado pelo piloto Auderico Silvério dos Santos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu