Nova ordem

Lula diz no 'FT' que quer mundo livre de dogmas econômicos

Presidente assina artigo em série especial sobre o futuro do capitalismo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em artigo exclusivo publicado nesta terça-feira no jornal Financial Times esperar que a crise econômica atual dê origem a um novo tipo de sociedade, que privilegie o bem-estar do ser humano.

O texto faz parte de uma série de debates e artigos promovida pelo diário britânico sobre o futuro do capitalismo.

"Hoje ninguém ousa prever qual será o futuro do capitalismo", afirma Lula. "Como líder de uma grande economia descrita como 'emergente', o que posso dizer é que tipo de sociedade espero que apareça depois desta crise (... )


Tenho esperanças de um mundo livre dos dogmas econômicos que invadiram as ideias de muitas pessoas e que foram apresentados como verdades absolutas."

Nele, Lula afirma ainda que espera um mundo livre de dogmas econômicos, afirmando que "não dá muita importância a conceitos abstratos".

"Não estou preocupado com o nome que será dado à nova ordem econômica e social que virá depois da crise, desde que seu principal foco seja o ser humano", diz Lula no jornal.

Lula defendeu a política econômica em vigor no Brasil. "Políticas anti-cíclicas não deveriam ser adotadas apenas em épocas de crise. Aplicadas com antecedência - como foi feito no Brasil - elas são a garantia de uma sociedade mais justa e democrática", escreve o presidente.

Lula ainda descreve outras expectativas que tem para o fim da atual crise econômica global.

"(Espero que surja) uma sociedade que vai valorizar a produção e não a especulação. A função do setor financeiro será de estimular a produtividade - e ele estará sujeito a um controle rigoroso nacional e internacional. O comércio exterior será livre do protecionismo que está mostrando sinais perigosos de estar se intensificando", diz.

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Nota do Editor - Luiz Inácio falou. "Não dou muita importância a conceitos abstratos". Conceitos concretos? O desejo de um sistema que valorize a produção em detrimento da especulação é universal. Todos querem, até mesmo banqueiros. Eles que tanto amam Nosso Guia. (Sidney Borges)

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