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Bilionários perdem US$ 2 tri em um ano

Folha
Se 1 bilhão a mais ou a menos faz diferença na vida de uma pessoa, talvez esse seja o momento ideal para fazer essa pergunta. Os homens mais ricos do mundo perderam 45% da sua fortuna em um ano, ou US$ 2 trilhões (o equivalente ao PIB italiano, a sétima maior economia global), segundo o ranking da revista "Forbes".

A crise atual, que derrubou Bolsas pelo mundo, levou grandes economias para a recessão e derrubou milhões de pessoas para abaixo da linha de pobreza, também varreu a fortuna dos bilionários. No ano passado, eram 1.125 pessoas com uma fortuna de ao menos US$ 1 bilhão, que juntos tinham US$ 4,4 trilhões (o PIB japonês). Agora são 793 bilionários, com patrimônio total de US$ 2,4 trilhões. Na média, cada um tem US$ 3 bilhões -US$ 900 milhões menos que em 2008.

O impacto já pode ser medido no topo do ranking, que voltou a ter a liderança de Bill Gates, mesmo tendo perdido US$ 18 bilhões. A fortuna atual de Gates, US$ 40 bilhões, o colocaria no sétimo lugar em 2008. O líder do ano passado, Warren Buffett, perdeu ainda mais, US$ 25 bilhões, e agora é o segundo. Já o mexicano Carlos Slim, terceiro colocado, teve a mesmo prejuízo de Buffett e conta com US$ 35 bilhões.

Nota do Editor - A Imprensa adora bisbilhotar a vida dos poderosos. A Imprensa está perdendo leitores, os jornais estão ficando chatos e repetitivos. Neste momento de crise o que se vê é um jogo de adivinhações que segue um ritual previsível.
Algum fato, ou boato, muda o humor dos jogadores e as bolsas oscilam. Se os índices são positivos, vem um gênio da economia dizer que o pior já passou. Ganha páginas e páginas, reproduzidas no mundo inteiro. Caso contrário, ou seja, se os índices caem, o mesmo luminar diz que a situação é pior do que em 1929. E a boiada passa sem entender. Falta objetividade, repetir economistas equivale a publicar horóscopos. Eles não sabem nada, não foram capazes de ver o desastre iminente, não sabem como mudar o que vai por aí. Um famoso, cheio de prêmios, disse em agosto de 2008 que tudo ia bem, às mil maravilhas. Em setembro começou a queda no abismo. Hoje ele é entrevistado e levado a sério, ocupa páginas inteiras de jornais. Prefiro a Mãe Dinah. Quem quer saber dos ricos e famosos lê Caras, revista honesta que sabe o que o público quer e dá. A coluna social da Folha imita, mas é linholene. O povo quer linho. (Sidney Borges)

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