Urnas eletrônicas fraudadas no Maranhão? O TSE vai apenas fingir que investiga

Esta reportagem foi ao ar no Jornal da Band na noite de 24 de novembro


Pedro Doria
As histórias de fraude envolvendo a urna eletrônica costumam vir assim, de acordo com o TSE: gente ignorante, não soube votar. Ou, então, candidatos que reclamam por terem perdido a eleição. Os laudos técnicos apontam irregularidades gritantes mas, no fim, os processos se perdem, são esquecidos, quem sabe?
Escrevo a respeito das falhas de segurança nas urnas eletrônicas brasileiras faz uns bons seis anos. A primeira reportagem, publicada em NO., veio por conta do relatório de uma auditoria técnica que um político, hoje ministro de Estado, me passou. Tratava das irregularidades na eleição para governador do Distrito Federal de 2002. Entre os técnicos que assinavam o relatório reconhecendo as ‘falhas’ estavam alguns dos pais da urna eletrônica. (É uma história que, sempre que posso, repito. Os detalhes estão em uma
coluna de alguns anos atrás, no Estadão.)
Quem entende de tecnologia sempre se assusta com a mitologia imposta pelo TSE a respeito da infalibilidade das urnas.
Silvio Meira, por exemplo. Ou Pedro Rezende.
No Brasil, sempre houve fraude eleitoral. O que as urnas eletrônicas produziram não foi o fim das fraudes. Foi o fim da investigação das fraudes.
O responsável do TSE deixa claro de partida: no caso da pequena Caxias, no Maranhão, o tribunal sequer cogita a possibilidade de fraude.

A única possibilidade com a qual trabalha é erro dos eleitores.
Claro. São analfabetos.
E a urna, inviolável.

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