Ubatuba

Recordando...

Sidney Borges
Há alguns anos tive de colocar um colar elizabethano no Brasil. Por causa de um problema na pata traseira esquerda. Ele ficou com fuço de espanto, dava trombadas, latia, deu a maior pena. Ou era o colar ou ele ia ficar aleijado, corcunda. Cachorro corcunda? Eu nunca vi, mas acredito. Não acredito em duendes. Uma vez em Stonehenge, um amigo meu, Tony Nogueira, viu um. Ele me contou branco, parecia um fantasma, se bem que agora em época de Obamas haverá fantasmas pretos. Por que os mortos ficam brancos? Nunca vi alguém usar um lençol preto pra parecer fantasma. Também nunca vi um lençol preto. Nem um fantasma, branco ou preto. Imagine o Gilberto Gil fantasma, aquela pretura com os dentes brancos qual techado de piano. Em negativo. Vai ser assustador. Mas aí ele vai começar a cantar e a gente nem vai mais ter medo de fantasma. Qualquer dia vou ao baile da saudade do Pinheiros dançar twist com a Hebe Camargo. Ao som de Agnaldo Rayol imitando Chubby Chequer. Ontem imaginei o que faria se ficasse rico. Daria uma festa com Tony Bennet cantando. O duende visto pelo Tony Nogueira eu atribuo àquele ácido de 1973, quando ele quis matar o metrô de Londres e foi preso por dois batalhões de anões bezuntados.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu