Justiça

Júri declara O.J. Simpson culpado em caso de assalto em Las Vegas (EUA)

da Folha Online
A Justiça americana declarou culpado o ex-jogador de futebol americano O.J. Simpson em uma acusação por assalto a mão armada e seqüestro em Las Vegas (EUA), no ano passado. A decisão foi divulgada pelo júri após mais de 13 horas de deliberação nesta sexta-feira (3).
De acordo com o tribunal, a pena só deve ser anunciada somente em dezembro.
Orenthal James Simpson, 61, foi acusado de participar do assalto em um quarto de um hotel-cassino onde estavam hospedados dois comerciantes de artigos esportivos para colecionadores. Na ocasião, ele foi liberado dias depois, após pagar uma fiança de US$ 125 mil (cerca de R$ 233 mil).
Ele e outras três pessoas que teriam participado do incidente no hotel-cassino enfrentam 11 acusações. Devido a sua idade avançada, Simpson corre o risco de ser condenado a prisão perpétua no caso.
O julgamento ocorre 13 anos depois de Simpson ter sido inocentado da morte de sua ex-mulher, Nicole Brown Simpson, e um amigo dela, Ronald Goldman, em um julgamento que teve ampla cobertura pela mídia internacional. Os dois foram esfaqueados dia 12 de junho de 1994.
Em 1994, o ex-jogador, que já era bastante conhecido nos EUA, ficou famoso mundialmente ao ser acusado de assassinar a ex-mulher. Ele foi condenado somente a pagar US$ 33,5 milhões em indenizações às famílias das vítimas.


Nota do Editor - Eis um caso interessante que ilustra bem o funcionamento da justiça no mundo capitalista. Simpson foi inocentado de assassinato. Não porque fosse de fato inocente, sim devido às falhas na coleta de provas e aos erros formais da acusação. Simpson era muito rico e podia pagar bons advogados. Ao final do processo o povo se sentiu enganado e a justiça americana ficou mal aos olhos do mundo. O sentimento geral era de frustração, ficou claro que com dinheiro é possível tudo, até matar. E nada acontece. O caso prosseguiu na esfera civil, onde Simpson acabou condenado apesar dos bons advogados. Era uma questão de honra, as instituições americanas estavam em jogo. O "esperto" e rico ex-atleta teve de pagar US$ 33,5 milhões em indenizações. Ficou livre, mas deixou de ser rico. Depois de alguns anos teve de roubar para continuar vivendo no padrão a que estava acostumado e mais uma vez condenado, poderá passar o resto da vida na cadeia. Eis um caso que prova a tese de que a parte mais sensível do corpo humano é o bolso. O crime só deixará de ser compensador quando os criminosos tiverem de pagar pelos erros. Não com a privação da liberdade, mas com o confisco dos bens. Pelo menos os ladrões. No Brasil se prenderem todos os "rufiões" haverá mais gente dentro das cadeias do que fora. A ala dos políticos então, estará sempre "crowd". (Sidney Borges)

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