Camille Paglia

Uma nação dividida pela raiva

É hora de uma mudança no comando, diz a pensadora Camille Paglia. Sua geração, dos anos 60, cindiu o país e agora deve deixar o palco


Pedro Doria
Camille Paglia é uma senhorinha de baixa estatura que parece ter sempre um sorriso estampado no rosto. Ao falar, gesticula ininterruptamente, acusando a ascendência italiana. É feminista - mas isso não quer dizer que a maioria das feministas concorde com ela. Camille é do contra.

Professora da Universidade das Artes, na Pensilvânia, é a 20ª intelectual mais influente do mundo, sugerem as revistas Foreign Policy (EUA) e Prospect (Inglaterra). A influência vem de Personas Sexuais (Companhia das Letras), lançado em 1990, livro em que diz que homem e mulher não têm nada de iguais. Camille é uma mulher fora dos padrões, que gosta de pornografia, atéia que defende religião e considera Hillary Clinton “fraca de caráter e incapaz de decisões inteligentes”.
Pois sim: simpática, sorridente - quase delicada, mas que não perdeu a verve que a tornou conhecida. “As mulheres brancas que votam em Hillary demonstram seu ressentimento para com os homens.” Ou “John McCain trai suas convicções com facilidade se considerar que sairá bem na imprensa.” Não só na política: “Instinto Selvagem é o último filme que valeu a pena assistir de novo”. E, a quem estiver interessado, recomenda cuidado ao beijar Madonna. “Ela é uma vampira.” Camille Paglia esteve no Brasil durante a semana, quando falou em Salvador no evento Fronteiras do Pensamento e concedeu esta entrevista exclusiva ao Aliás.
Leia a entrevista

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