Bad trip...

Viagem em torno do dossiê

Ruy Fabiano
Mais uma semana chega ao fim sem que o escândalo do dossiê sobre o governo FHC tenha saído de cena. O escândalo não está apenas no dossiê, mas na conduta governista diante dele.
Entre a primeira reação, a de negá-lo, até a última, a de não apenas admiti-lo, mas de considerá-lo “justo e necessário”, circularam diversas versões, uma negando ou modificando a outra. Todas proferidas por gente do primeiro escalão. Ministros.
Inicialmente, garantiu-se que o dossiê era uma ficção da revista Veja, empenhada em desgastar o governo. A versão, porém, não se sustentou. Diversas pessoas o haviam visto.
Diante de sua materialidade, o ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu então a existência de um “levantamento de dados”, feito pela Casa Civil da Presidência, a pedido do Tribunal de Contas da União. Não contava, porém, com um detalhe: que o TCU o desmentisse. O Tribunal disse à imprensa que jamais solicitara coisa alguma. O governo não se constrangeu com esse desmentido, o que é no mínimo espantoso.
Eis, então, que a ministra Dilma Roussef, chefe da Casa Civil, entra em cena para sustentar que o que havia não era dossiê algum, mas uma base de dados, que havia relacionado informações rotineiras para o Suprim (sistema oficial de controle de despesas com suprimentos de fundos do governo). Também essa versão naufragou.

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