Sociedade
A separação aconteceu... Os filhos sim perdem mais
L.C.Ferraz
As brigas de um casal ou mesmo a separação dos pais sempre deveriam ser algo a ser tratado apenas entre o casal em particular, jamais diante dos filhos. Ainda mais quando a filhos que mesmo sem o conhecimento da separação tomam partidos que muitas vezes demoram anos para caírem ou visualizar que erraram isso geralmente acontecem com filhos adolescentes. É sempre bom manter um dialogo com eles explicando que para eles somente o pai e a mãe estarão separados mas não mudara nada para eles. Mas uma coisa é certo será difícil aceitação daquele que já tomou partido, certo seria a imparcialidade mais isso depende muito do filho.
Os pais desconhecem a profundidade do problema que as discussões e os conflitos entre ambos podem gerar para os filhos quando eles as presenciam, devido ao fato dos filhos sentirem-se na obrigação de tomar partido de um deles, quando na verdade eles não gostariam de tomar partido de nenhum dos dois. Em muitos casos, o pai ou a mãe fazem uso da criança para chantagear o outro ou para se fazerem de vítima. Hoje muito comum em muitos casos.
É comum ainda ouvir de casais, cujo relacionamento entre eles caminha de mal a pior, a importância de se manter o casamento para manter a saúde emocional dos filhos. Não que seja o melhor, mas lembrando que em muitos casos as medidas tomadas por uma das partes (Pai ou Mãe) seja prematura e no futuro isso virá a tona pois poderia ter sido superado na época. “O tempo muitas vezes e o juiz de todas as coisas” e quando acordarem já será tarde demais para uma conciliação.
É mais comum ainda vermos homens que se sujeitam a uma vida de sofrimento e desamor apenas para manter o contato diário com os filhos.
Ex-esposas, inconformadas com a separação, que se sentem inseguras pelo fim do relacionamento, magoadas por terem se doado tanto no casamento, achando que deve cobrar isso durante a vida toda, não sendo pelo amor da pessoa que se foi mas pelo dinheiro que isso pode render. Hoje com o Novo Código Civil(2002) isso mudou muito ate mesmo nas que procuram valores fácil que na verdade nunca ira conseguir. Isso tudo porque acabou o relacionamento de uma forma bruta, dele ter terminado,ou ate mesmo dela ter tomado uma decisão prematura e hoje a realidade mostra que era fácil ter superado. entre outros fatores, ainda não sabem separar a relação homem-mulher da relação pai e filhos. Muitas ainda chantageiam o ex-marido usando os filhos, tal como não deixar que o ex-marido os encontre enquanto não pagar a pensão ou mesmo obrigar seus filhos a visitarem o pai vestindo roupas velhas, rasgadas somente para pressionar o ex a gastar o seu dinheiro com os filhos, como se este gasto pudesse ser um empecilho para o pai não sair com uma outra mulher, por exemplo ou para que ele reconstrua a sua vida sozinho.
O problema se agrava quando elas tem conhecimento de que o pai está namorando: elas fazem uso dos filhos para saber detalhes da vida do pai ou mesmo da namorada e não é raro vermos ex-esposas falando mal do ex-marido para os filhos, deixando-os inseguros quanto ao afeto que o pai nutre por eles. Elas costumam dizer: “seu pai prefere sair com aquela sujeita a sair com vocês” ou “enquanto ele gasta fortunas com a namorada viajando, olha só o valor da pensão que ele dá para vocês” ou mesmo “hoje seria o dia de seu pai ver vocês e onde ele está? Com aquela “mulherzinha”! E ele nem ligou para se desculpar por não ter vindo!”
Ainda é comum mulheres conceberem filhos na tentativa de preservar um casamento e que passam a não se importar mais com os filhos quando seu casamento acaba, desprezando-os ou culpando-os pelo final do casamento.
Cito aqui o comportamento feminino mais comum de mulheres que não aceitam/admitem a separação, mulheres que foram submissas ao marido ou que agem desta forma por pura insegurança ao se verem sozinhas, sem um homem que as proteja e que as sustente!
É claro que há muitos casos também de mulheres que entendem que os filhos não tem culpa alguma de sua separação, que dialogam muito bem com os ex-maridos, inclusive tornando-se grandes amigas deles e que educam os filhos de forma conjunta com o ex-marido, mesmo vivendo separados.
E como se comportam pais separados? Eles tem o mesmo comportamento da mãe?
Em geral, os homens ainda tem dificuldade em mostrar seus sentimentos, em conviver com seus filhos, seja porque o convívio durante o casamento foi pequeno, seja porque evitam conviver com os filhos justamente para evitar qualquer contato com a ex-esposa em virtude de discussões ou conflitos que continuam após a separação.
Muitos pais até gostariam de manter um contato maior com os filhos, mas seu trabalho e seu tempo disponível nem sempre é compatível com o tempo disponível dos filhos, ou mesmo porque a lei os obriga a ver os filhos apenas a cada quinze dias,(hoje temos a guarda compartilhada) o que dificulta a construção mais efetiva dos laços afetivos entre eles ou até pela dificuldade de fazer acordos extra-judiciais com a mãe para ver os filhos em outros momentos por todos os motivos acima descritos. Ou até mesmo de filhos que tomaram partidos e foram parciais dificultando o contato com pai.
É comum vermos pais que, por terem dificuldade em mostrar seu afeto ou porque se sentem culpados com a separação, satisfazerem todos os gostos de seus filhos, tendo dificuldades em dizer não a eles e mimando-os excessivamente, como se isso fosse minimizar seu sentimento de culpa ou fazer com que seus filhos o amém. Isso é um erro muito grande.
Para que o pai possa estabelecer e manter um relacionamento saudável com seus filhos pela vida afora, é importante que esse contato seja de qualidade ou seja, que ele esteja presente e mantenha atividades junto com seus filhos: conversar, brincar, ver filme junto com eles, etc... Também é importante dialogar com eles a respeito do dia a dia deles, como estão na escola, verificar suas lições de casa, saber dos amiguinhos e, porque não, promover passeios junto com os filhos e os amiguinhos deles. No caso dos amiguinhos dos filhos terem pais separados, é interessante que todos estes pais se reúnam de vez em quando e troquem experiências entre eles e que estejam junto com os filhos. Uma idéia seria promover um churrasco, uma partida de futebol (time dos filhos contra o time dos pais), viagem no final de semana, etc... Reporto ainda que, mais importante do que o tempo dedicado aos filhos, é a qualidade deste tempo com eles. Muitas vezes, meia hora de conversa e atenção exclusiva para os filhos é muito mais efetivo do que passar um dia todo sem ao menos conversar com eles, apenas debaixo do mesmo teto.
L.C.Ferraz – Bacharel em Ciências Jurídicas pela Unitau – Juiz Arbitral pelo T.A.S.P.
Conciliador do J.E.C. de Ubatuba-SP.
L.C.Ferraz
As brigas de um casal ou mesmo a separação dos pais sempre deveriam ser algo a ser tratado apenas entre o casal em particular, jamais diante dos filhos. Ainda mais quando a filhos que mesmo sem o conhecimento da separação tomam partidos que muitas vezes demoram anos para caírem ou visualizar que erraram isso geralmente acontecem com filhos adolescentes. É sempre bom manter um dialogo com eles explicando que para eles somente o pai e a mãe estarão separados mas não mudara nada para eles. Mas uma coisa é certo será difícil aceitação daquele que já tomou partido, certo seria a imparcialidade mais isso depende muito do filho.
Os pais desconhecem a profundidade do problema que as discussões e os conflitos entre ambos podem gerar para os filhos quando eles as presenciam, devido ao fato dos filhos sentirem-se na obrigação de tomar partido de um deles, quando na verdade eles não gostariam de tomar partido de nenhum dos dois. Em muitos casos, o pai ou a mãe fazem uso da criança para chantagear o outro ou para se fazerem de vítima. Hoje muito comum em muitos casos.
É comum ainda ouvir de casais, cujo relacionamento entre eles caminha de mal a pior, a importância de se manter o casamento para manter a saúde emocional dos filhos. Não que seja o melhor, mas lembrando que em muitos casos as medidas tomadas por uma das partes (Pai ou Mãe) seja prematura e no futuro isso virá a tona pois poderia ter sido superado na época. “O tempo muitas vezes e o juiz de todas as coisas” e quando acordarem já será tarde demais para uma conciliação.
É mais comum ainda vermos homens que se sujeitam a uma vida de sofrimento e desamor apenas para manter o contato diário com os filhos.
Ex-esposas, inconformadas com a separação, que se sentem inseguras pelo fim do relacionamento, magoadas por terem se doado tanto no casamento, achando que deve cobrar isso durante a vida toda, não sendo pelo amor da pessoa que se foi mas pelo dinheiro que isso pode render. Hoje com o Novo Código Civil(2002) isso mudou muito ate mesmo nas que procuram valores fácil que na verdade nunca ira conseguir. Isso tudo porque acabou o relacionamento de uma forma bruta, dele ter terminado,ou ate mesmo dela ter tomado uma decisão prematura e hoje a realidade mostra que era fácil ter superado. entre outros fatores, ainda não sabem separar a relação homem-mulher da relação pai e filhos. Muitas ainda chantageiam o ex-marido usando os filhos, tal como não deixar que o ex-marido os encontre enquanto não pagar a pensão ou mesmo obrigar seus filhos a visitarem o pai vestindo roupas velhas, rasgadas somente para pressionar o ex a gastar o seu dinheiro com os filhos, como se este gasto pudesse ser um empecilho para o pai não sair com uma outra mulher, por exemplo ou para que ele reconstrua a sua vida sozinho.
O problema se agrava quando elas tem conhecimento de que o pai está namorando: elas fazem uso dos filhos para saber detalhes da vida do pai ou mesmo da namorada e não é raro vermos ex-esposas falando mal do ex-marido para os filhos, deixando-os inseguros quanto ao afeto que o pai nutre por eles. Elas costumam dizer: “seu pai prefere sair com aquela sujeita a sair com vocês” ou “enquanto ele gasta fortunas com a namorada viajando, olha só o valor da pensão que ele dá para vocês” ou mesmo “hoje seria o dia de seu pai ver vocês e onde ele está? Com aquela “mulherzinha”! E ele nem ligou para se desculpar por não ter vindo!”
Ainda é comum mulheres conceberem filhos na tentativa de preservar um casamento e que passam a não se importar mais com os filhos quando seu casamento acaba, desprezando-os ou culpando-os pelo final do casamento.
Cito aqui o comportamento feminino mais comum de mulheres que não aceitam/admitem a separação, mulheres que foram submissas ao marido ou que agem desta forma por pura insegurança ao se verem sozinhas, sem um homem que as proteja e que as sustente!
É claro que há muitos casos também de mulheres que entendem que os filhos não tem culpa alguma de sua separação, que dialogam muito bem com os ex-maridos, inclusive tornando-se grandes amigas deles e que educam os filhos de forma conjunta com o ex-marido, mesmo vivendo separados.
E como se comportam pais separados? Eles tem o mesmo comportamento da mãe?
Em geral, os homens ainda tem dificuldade em mostrar seus sentimentos, em conviver com seus filhos, seja porque o convívio durante o casamento foi pequeno, seja porque evitam conviver com os filhos justamente para evitar qualquer contato com a ex-esposa em virtude de discussões ou conflitos que continuam após a separação.
Muitos pais até gostariam de manter um contato maior com os filhos, mas seu trabalho e seu tempo disponível nem sempre é compatível com o tempo disponível dos filhos, ou mesmo porque a lei os obriga a ver os filhos apenas a cada quinze dias,(hoje temos a guarda compartilhada) o que dificulta a construção mais efetiva dos laços afetivos entre eles ou até pela dificuldade de fazer acordos extra-judiciais com a mãe para ver os filhos em outros momentos por todos os motivos acima descritos. Ou até mesmo de filhos que tomaram partidos e foram parciais dificultando o contato com pai.
É comum vermos pais que, por terem dificuldade em mostrar seu afeto ou porque se sentem culpados com a separação, satisfazerem todos os gostos de seus filhos, tendo dificuldades em dizer não a eles e mimando-os excessivamente, como se isso fosse minimizar seu sentimento de culpa ou fazer com que seus filhos o amém. Isso é um erro muito grande.
Para que o pai possa estabelecer e manter um relacionamento saudável com seus filhos pela vida afora, é importante que esse contato seja de qualidade ou seja, que ele esteja presente e mantenha atividades junto com seus filhos: conversar, brincar, ver filme junto com eles, etc... Também é importante dialogar com eles a respeito do dia a dia deles, como estão na escola, verificar suas lições de casa, saber dos amiguinhos e, porque não, promover passeios junto com os filhos e os amiguinhos deles. No caso dos amiguinhos dos filhos terem pais separados, é interessante que todos estes pais se reúnam de vez em quando e troquem experiências entre eles e que estejam junto com os filhos. Uma idéia seria promover um churrasco, uma partida de futebol (time dos filhos contra o time dos pais), viagem no final de semana, etc... Reporto ainda que, mais importante do que o tempo dedicado aos filhos, é a qualidade deste tempo com eles. Muitas vezes, meia hora de conversa e atenção exclusiva para os filhos é muito mais efetivo do que passar um dia todo sem ao menos conversar com eles, apenas debaixo do mesmo teto.
L.C.Ferraz – Bacharel em Ciências Jurídicas pela Unitau – Juiz Arbitral pelo T.A.S.P.
Conciliador do J.E.C. de Ubatuba-SP.
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Editor do Ubatuba Víbora