Editorial
Um novo partido? Quero uma ficha
Uma coisa que aprendi após longos anos de reflexão sobre fatos históricos é que não é possível fazer previsões com base em acontecimentos passados. De que já foi podemos tirar lições, mas nunca imaginar que os acontecimentos se repetirão. A dinâmica da vida mostra que é preciso atenção ao presente, muita atenção. A introdução se refere ao que tenho lido nos jornais e revistas a propósito do futuro político de Alckmin. O ex-governador jogou tudo e perdeu. Será que perdeu mesmo? Perderia se o segundo mandato de Lula atingisse vinte por cento das promessas de campanha. Não há indícios de que isso aconteça. Com o PMDB no poder veremos a repetição de velhos filmes. Ou os leitores acreditam que Jader Barbalho mudou? O “Espetáculo do crescimento” não virá e desta vez não há um FHC para levar a culpa. É evidente que a não realização das promessas provocará um grande desgaste. Não é o meu desejo, preferia ver os meus pontos de vista derrotados e o país crescendo. Aqui fazemos uma pausa para falar da natureza humana e do nosso cérebro binário, que a todo ponto busca um contraponto. Lula e FHC já não rimam, portanto o confronto que está no imaginário da massa é Lula versus Alckmin. Caso Lula vá mal, o Fla-Flu de nossas almas exaltará seu adversário mais recente. Com Alckmin teria sido diferente pensará o homem comum. O contrário aconteceria se Lula tivesse perdido. Dificilmente Alckmin conseguiria, em quatro anos, reverter os estragos dos últimos doze. A massa então diria, com Lula era melhor. Em certas situações perder agrega fatores vitoriosos. Alckmin perdeu e mesmo assim vai colher dividendos da derrota. Está lançado nacionalmente e desfruta de uma imagem altamente positiva. Desejo a ele sucesso, mas se voltar a se candidatar não terá o meu voto. O fator Chalita me impede. Por outro lado, estão dizendo por aí que Serra vai criar um novo partido de centro-esquerda. Caso isso aconteça, eu me filiarei no dia seguinte. Nesse caldo de insensatez que é a política brasileira acredito que um único homem poderia liderar um movimento capaz de colocar ordem no caos. José Serra. Estou com ele e não abro. Aliás, sempre estive e nunca escondi.
Sidney Borges
Uma coisa que aprendi após longos anos de reflexão sobre fatos históricos é que não é possível fazer previsões com base em acontecimentos passados. De que já foi podemos tirar lições, mas nunca imaginar que os acontecimentos se repetirão. A dinâmica da vida mostra que é preciso atenção ao presente, muita atenção. A introdução se refere ao que tenho lido nos jornais e revistas a propósito do futuro político de Alckmin. O ex-governador jogou tudo e perdeu. Será que perdeu mesmo? Perderia se o segundo mandato de Lula atingisse vinte por cento das promessas de campanha. Não há indícios de que isso aconteça. Com o PMDB no poder veremos a repetição de velhos filmes. Ou os leitores acreditam que Jader Barbalho mudou? O “Espetáculo do crescimento” não virá e desta vez não há um FHC para levar a culpa. É evidente que a não realização das promessas provocará um grande desgaste. Não é o meu desejo, preferia ver os meus pontos de vista derrotados e o país crescendo. Aqui fazemos uma pausa para falar da natureza humana e do nosso cérebro binário, que a todo ponto busca um contraponto. Lula e FHC já não rimam, portanto o confronto que está no imaginário da massa é Lula versus Alckmin. Caso Lula vá mal, o Fla-Flu de nossas almas exaltará seu adversário mais recente. Com Alckmin teria sido diferente pensará o homem comum. O contrário aconteceria se Lula tivesse perdido. Dificilmente Alckmin conseguiria, em quatro anos, reverter os estragos dos últimos doze. A massa então diria, com Lula era melhor. Em certas situações perder agrega fatores vitoriosos. Alckmin perdeu e mesmo assim vai colher dividendos da derrota. Está lançado nacionalmente e desfruta de uma imagem altamente positiva. Desejo a ele sucesso, mas se voltar a se candidatar não terá o meu voto. O fator Chalita me impede. Por outro lado, estão dizendo por aí que Serra vai criar um novo partido de centro-esquerda. Caso isso aconteça, eu me filiarei no dia seguinte. Nesse caldo de insensatez que é a política brasileira acredito que um único homem poderia liderar um movimento capaz de colocar ordem no caos. José Serra. Estou com ele e não abro. Aliás, sempre estive e nunca escondi.
Sidney Borges
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