Opinião
Custos da longa punição
Editorial do Estadão
Foi para defender o usuário, prejudicado pelas falhas frequentes no serviço de acesso à internet de banda larga Speedy, oferecido pela Telefônica, que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu a venda do serviço até a empresa adotar os procedimentos necessários para melhorar sua qualidade e garantir sua estabilidade. Mas a manutenção rigorosa da decisão por tanto tempo - ela foi adotada há dois meses -, mesmo depois das medidas tomadas pela empresa, pode produzir efeitos contrários aos pretendidos. A longa suspensão da comercialização do serviço de banda larga prejudica os muitos interessados em assinar o serviço de acesso rápido à internet que não dispõem de alternativa ao Speedy.
A companhia alega que, mesmo com a venda suspensa desde o dia 22 de junho, continua a receber diariamente cerca de 4 mil telefonemas de interessados em assinar o Speedy. O principal concorrente do serviço da Telefônica é o Virtua, oferecido pela operadora de televisão a cabo Net, que tem legitimamente procurado expandir seus negócios nos espaços que a suspensão da comercialização do Speedy lhe abriu, mas essa expansão tem como limite a área de cobertura de sua rede, que é menor do que a do Speedy.
A Telefônica cobre praticamente todo o Estado de São Paulo. Sua rede de acesso rápido à internet se estende por 488 municípios, onde vivem mais de 95% da população do Estado. Recentemente, a empresa expandiu esses serviços a mais uma centena de municípios e garante que, até junho de 2010, poderá atender todas as 622 cidades de sua área de concessão. A Net atende as maiores cidades paulistas.
A suspensão da venda do Speedy deveu-se a uma sequência de problemas que esse serviço vinha apresentando. Em 3 de julho de 2008, por exemplo, a pane atingiu grandes empresas e o serviço público estadual. Registros da Polícia paulista e da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo foram prejudicados. O problema afetou também a rede de comunicação utilizada pelo governo de São Paulo. Serviços como o Poupatempo ficaram fora do ar. Novos problemas ocorreram em abril e maio.
A Telefônica dispunha de 30 dias, a contar da data da suspensão da venda dos serviços de banda larga, para apresentar um plano que assegurasse a prestação desses serviços com a qualidade prometida, inclusive com cronograma para a implementação das medidas. Apresentou seu plano quatro dias após a Anatel publicar a decisão. Três semanas depois, anunciou a conclusão da primeira etapa, cuja meta foi garantir a estabilidade da rede, por meio da duplicação de capacidade de resolução dos computadores que conectam os internautas aos endereços solicitados.
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Editorial do Estadão
Foi para defender o usuário, prejudicado pelas falhas frequentes no serviço de acesso à internet de banda larga Speedy, oferecido pela Telefônica, que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) suspendeu a venda do serviço até a empresa adotar os procedimentos necessários para melhorar sua qualidade e garantir sua estabilidade. Mas a manutenção rigorosa da decisão por tanto tempo - ela foi adotada há dois meses -, mesmo depois das medidas tomadas pela empresa, pode produzir efeitos contrários aos pretendidos. A longa suspensão da comercialização do serviço de banda larga prejudica os muitos interessados em assinar o serviço de acesso rápido à internet que não dispõem de alternativa ao Speedy.
A companhia alega que, mesmo com a venda suspensa desde o dia 22 de junho, continua a receber diariamente cerca de 4 mil telefonemas de interessados em assinar o Speedy. O principal concorrente do serviço da Telefônica é o Virtua, oferecido pela operadora de televisão a cabo Net, que tem legitimamente procurado expandir seus negócios nos espaços que a suspensão da comercialização do Speedy lhe abriu, mas essa expansão tem como limite a área de cobertura de sua rede, que é menor do que a do Speedy.
A Telefônica cobre praticamente todo o Estado de São Paulo. Sua rede de acesso rápido à internet se estende por 488 municípios, onde vivem mais de 95% da população do Estado. Recentemente, a empresa expandiu esses serviços a mais uma centena de municípios e garante que, até junho de 2010, poderá atender todas as 622 cidades de sua área de concessão. A Net atende as maiores cidades paulistas.
A suspensão da venda do Speedy deveu-se a uma sequência de problemas que esse serviço vinha apresentando. Em 3 de julho de 2008, por exemplo, a pane atingiu grandes empresas e o serviço público estadual. Registros da Polícia paulista e da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo foram prejudicados. O problema afetou também a rede de comunicação utilizada pelo governo de São Paulo. Serviços como o Poupatempo ficaram fora do ar. Novos problemas ocorreram em abril e maio.
A Telefônica dispunha de 30 dias, a contar da data da suspensão da venda dos serviços de banda larga, para apresentar um plano que assegurasse a prestação desses serviços com a qualidade prometida, inclusive com cronograma para a implementação das medidas. Apresentou seu plano quatro dias após a Anatel publicar a decisão. Três semanas depois, anunciou a conclusão da primeira etapa, cuja meta foi garantir a estabilidade da rede, por meio da duplicação de capacidade de resolução dos computadores que conectam os internautas aos endereços solicitados.
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Comentários
Já deu uma olhada no site Reclame aqui (reclameaqui.com.br)? Tem quase 8 mil reclamações só do Speedy lá, sem contar os outros serviços que a Telefonica presta.
Depois que aconteceu do programador Vinícius Kmax descobrir aquelas falhas de segurança no banco de dados deles, fiquei apreensiva e cancelei minha assinatura, passei a usar Virtua. Mas antes disso já achava o serviço péssimo e o atendimento pior ainda.
Gostei do seu blog, vc escreve muito bem!