Manchetes do dia

Terça-feira, 23 / 06 / 2009

Folha de São Paulo
"Ato secreto elevou verba de senadores"

Senado subiu valor pago de R$ 12 mil para R$ 15 mil em 2005; Sarney usou dinheiro para montar biblioteca

O Senado usou um ato secreto para aumentar, de R$ 12 mil para R$ 15 mil, a verba indenizatória a que os senadores têm direito. A medida, tornada pública em maio, é de junho de 2005.
O ato contradiz Agaciel Maia, então diretor-geral do Senado, segundo o qual a Casa desistira de elevar a verba, usada para reembolsar despesas como combustível e aluguel de escritórios.
O presidente do Senado na época, Renan Calheiros (PMDB-AP), anunciara corte de despesas, mas assinou a medida. Para o Ministério Público e a OAB, atos não publicados são inválidos.
O senador José Sarney (PMDB-AL), atual presidente da Casa, usouR$ 8.600 da verba para pagar a organização de sua biblioteca doméstica. O acervo, alega ele, serve à atividade parlamentar.
Uma manobra do Senado permitiu ainda que a verba indenizatória fosse usada para elevar os salários de 350 funcionários da Casa (10% do total) acima do teto mensal de R$ 24,5 mil.

O Globo
"Senadores denunciam chantagem de ex-diretor"

Parlamentares pressionam Sarney e cobram punição para atos secretos

Pelo menos dois senadores acusaram ontem o ex-diretor da Casa Agaciel Maia de chantagear parlamentares com os atos secretos. "O senhor Agaciel Maia, que é formado, tem doutorado e mestrado em chantagem, transformou em secretos atos que não tinham por que ser secretos, para acumular poder. É a lógica do chantagista", afirmou Arthur Virgílio (PSDB- AM), que chamou Agaciel de Gonococo - (bactéria da gonorreia). O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) confirmou tentativas de intimidação contra parlamentares e sugeriu que o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), se licencie do cargo. Com apoio de colegas, Virgílio e Cristovam defenderam, a demissão de Agaciel e do ex-diretor de Recursos Humanos João Carlos Zoghbi. Alvo de pressões, Sarney disse que não foi eleito para limpar as lixeiras da cozinha do Senado". O corregedor da Casa, Romeu Tuma (PTB-SP), afirmou não ver motivo para abrir investigação contra Sarney.

O Estado de São Paulo
"Atos secretos envolvem 35 senadores"

Parlamentares de vários partidos aparecem como avalistas ou beneficiários de privilégios

A edição de atos secretos beneficiou ou obteve a chancela de ao menos 35 senadores e 22 ex-parlamentares desde 1995. Não há distinção partidária - PT, DEM, PMDB, PSDB, PDT, PSB, PRB, PTB e PR têm nomes na lista. São senadores que aparecem como beneficiários de nomeações em seus gabinetes ou que assinaram atos secretos da Mesa Diretora criando cargos e privilégios. A existência de tantos nomes indica que a prática dos boletins reservados era bem conhecida. A investigação mostra que ela envolveu todos os presidentes e primeiros-secretários que passaram pelo Senado desde 1995. O corregedor Romeu Tuma (PTB-SP) aparece na relação; o atual primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), responsável pela comissão que levantou os atos, também. Tuma atribui a crise a uma "briga interna de funcionários" e à disputa política pela presidência do Senado. Tanto senadores da base aliada quanto de oposição criticaram ontem abertamente o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e propuseram o seu afastamento do cargo, entre outras cobranças feitas no plenário. Para Arthur Virgilio (PSDB), importa mais que "o Senado sobreviva à crise" do que “Sarney na presidência".

Jornal do Brasil
"Fogo no Senado"

Senadores pedem afastamento do presidente da Casa, José Sarney

Maranhense diz não ter sido eleito para "limpar lixeira da cozinha" da instituição

Tucano acusa ex-diretores do Senado de chantagearem parlamentares

Foi o dia dos mais contundentes discursos desde o início das denúncias de irregularidades no Senado. Senadores como Cristovam Buarque (PDT-DF) e Arthur Virgilio (PSDB-AM) defenderam o afastamento do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e disseram que alguns de seus colegas foram chantageados pelo ex-diretor Agaciel Maia. O tucano classificou de "criminosos" os ex-dirigentes da instituição. Mas o corregedor Romeu Tuma (PTB-SP) afirmou que não há elementos para abrir investigação contra Sarney, que insistiu não ter sido eleito para "limpar a lixeira da cozinha". A divulgação do relatório da primeira comissão de sindicância criada para analisar os atos secretos, prometida para hoje, deve aumentar ainda mais a temperatura.

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