Socorro, sinais de fumaça ao longe...

Tragam os tambores

Sidney Borges
Telefone, para que serve o telefone? Para falar, fazer negócios, saber da morte de parentes, papear sobre as desgraças financeiras dos amigos, conhecer detalhes das traições de todo mundo e fofocar. E, obviamente, namorar. No meu caso o telefone tem servido de tobogã de lagartixas, ontem houve um tremendo alarido, tive de radicalizar, chamei o Brasil que colocou ordem na casa aos gritos. Digo, aos latidos. Se estivéssemos no verdadeiro capitalismo haveria competição e eu poderia ligar para a Telefônica e dizer com a maior satisfação do mundo:
- Não preciso mais de vocês. Desliguem tudo. Em seguida daria uma gargalhada estilo Bóris Karloff.
Não posso fazer isso, vivo em uma terra de cartórios. Quem é amigo do rei faz e desfaz e ainda ganha cama para folguedos com a mulher escolhida. Caros leitores acompanhem a minha cruzada, hoje é o segundo dia de silêncio, quantos mais serão?
Façam suas apostas e se alguém tiver um tambor sobrando, por favor, me empreste. Antes a telefonía era ruím porque era estatal, agora é ruìm porque é privada. Para mim, que acredito na competição, é ruim porque é monopólio. Tragam uma empresa inglêsa e os espanhóis tomarão a linha. Ou irão ao fundo, como foi a Invencível Armada. Escrevendo me vingo.

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