Reflexões atlânticas II

“Espelho, espelho meu! Existe”?

Ao ler uma matéria sobre uma pesquisa virtual do jornal Imprensa Livre, é possível perceber que um determinado político colocou todos os amigos do Rei para clicar no “ótimo” ou “bom”, apenas para satisfazer seu ego e falsear a real situação de decepção e descontentamento da população de seu município.
É uma situação de neurose muito grave, pois muitas vezes cruzamos com esse “herói”, apresentando no semblante um ar de desconforto, de insatisfação e de mal estar com sua administração, equipe e resultado obtido. É o que parece, justificar a sua fixação de buscar compensar estes sentimentos negativos em atividades frenéticas ou assumir posturas de superioridade e de poder em relação aos outros. Mais se este realmente é o caso, não se preocupe “herói”, não se sinta tão culpado, pois você segue a regra de todos os modelos de educação: “te quero se fores bonzinho, se escutares teus pais, se seguires bons conselhos, se ouvires a Deus... logo você será reconhecido se for imbatível, infalível e o melhor de sua espécie”.
Só que as pessoas que tem vocação para ser um Líder servidor tem que saber lidar com sentimentos negativos e positivos, ou seja, ter auto-estima que é atitude benévola que cada um deve ter por si mesmo, sobretudo em vista das qualidades positivas que tem e nem sempre recebem o devido valor. Segundo Skiner, pela teoria do condicionamento operante, as pessoas frente uma situação, desenvolvem um comportamento que podem causar efeitos como: atenção e elogio; alívio da aflição; punição; e indiferença.
O Líder deve estar preparado para comportar-se de forma a atender os seus liderados independente de conseguir com isto atenção, gratificações e elogios, demonstração de afeto, prêmios e futuros votos e a sua satisfação é a real melhoria de vida e a transformação que seu trabalho pode promover frente à comunidade.
O Líder não deve tomar atitudes que apenas aliviam a pressão momentânea, ação notória da falta de coragem de enfrentar a situação, um comportamento típico de quem prefere a fuga ou a evitação, sem resolver de fato o problema.
O Líder não deve entender que a punição aos seus desafetos irá moldá-los ao comportamento desejado, a punição não suprime o comportamento incorreto. E o falso líder ao burlar as punições prevista na lei atribuídas aos seus atos ilícitos acha-se o “dono do mundo”, ou seja, inatingível e impune pela sua superioridade, e o exemplo vem de cima, haja vista as absolvições dos envolvidos no Valérioduto, dólar na cueca e nas caixas de uísque, superfaturamentos, pagamento dos doadores de campanha através de obras superfaturadas, terceirização de serviços bem realizados pela administração pública, favorecimento as empresas coletoras de lixo e transportes urbanos, compra de veículos inadequados, e o nepotismo.
O Líder sabe que não deve esperar reconhecimento, pois seu comportamento adequado é obrigação e passa despercebido, mais nem por isso o líder deve deixar de trilhar o bom caminho, pois o enfrentamento a indiferença deve ser norteado pelos princípios e a satisfação de se dedicar ao próximo, ou seja, o Líder deve praticar o amor, palavra de quatro letras esquecida no meio político.
Quando um Líder falseia e tenta iludir a opinião pública esta demonstrando seu medo, fobia, dificuldades interpessoais, dependência de juízo alheio, depressão e falta de realização das próprias potencialidades, como diz as propagandas se os sintomas continuarem procure um psiquiatra.


Eng. Pedro Tuzino
Assessor da Sec. De Energia, Rec. Hídricos e Saneamento de SP, Eng. Civil, Seg. de trabalho e Sanitarista. Empresário e Consultor.

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