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Liberdade aos companheiros

Sob a retranca ”Guerra Urbana” a Folha de São Paulo abriu o seguinte título: “Seqüestrador de Olivetto ensinou táticas ao PCC”. Em seguida o olho esclarece: Preso desde 2001, Norambuena orientou facção a usar táticas de guerrilha em ataques. Para quem não está lembrado de fatos relacionados a seqüestros de empresários, vamos recordar.
Pouco antes da eleição que tornou Collor de Mello presidente, o empresário Abílio Diniz foi seqüestrado por uma quadrilha internacional. O fato foi usado politicamente. Ao serem presos os seqüestradores envergavam camisas do PT, que segundo eles foi imposição dos agentes policiais. O ato tinha como finalidade a construção do socialismo. Para tanto seqüestraram um capitalista. Faz sentido. O dinheiro tem de sair de algum lugar. Apesar da afronta às leis do país, os criminosos – ou revolucionários como preferem alguns - foram vigorosamente defendidos. Norambuena viu de longe e gostou do que viu. Ao ser preso declarou que no Brasil há muitos empresários seqüestráveis. E que a legislação é branda. Caso fosse apanhado haveria clamor popular pedindo a libertação do Robin Hood sul-americano. Ele não previu apenas uma coisa, o que acabou sendo a fonte de sua desgraça. A vitória do companheiro Lula. Com o PT no poder Norambuena vai apodrecer na cadeia. No entanto, caso Lula não seja reeleito, as coisas voltarão a ser como antes. Velhos lobos da esquerda sairão às ruas pedindo justiça. À frente Mogadon, seguido por uma multidão de companheiros cujos gritos ecoarão na Cordilheira dos Andes antes de se espalhar pelo universo.

Sidney Borges

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