Aviação

"Buraco negro" quase engole outro voo

Clovis Rossi

Lembra-se do voo Air France 447, que desapareceu no Atlântico, no dia 1º de junho, arrastando para a morte seus 216 passageiros e os 12 tripulantes?

Pois a edição de hoje do jornal francês "Le Figaro" relata que o voo que o substituiu, o AF 445, enfrentou problemas parecidos, mais ou menos no mesmo local, mais ou menos à mesma hora e utilizando basicamente o mesmo equipamento (Airbus A 330-203 no caso do AF 447 e Airbus A 330-200 para o AF 445).

Parece uma história de ficção ou de bruxaria em plena era da tecnologia mais avançada.

Para quem, como eu, faz com frequência o trajeto Brasil/Europa, seguindo essencialmente a rota do AF 447, torna-se ainda mais assustador.


O relato do "Figaro" sobre o caso do AF 445 é, em resumo, o seguinte: o avião saiu do Rio de Janeiro no dia 29 de novembro às 17h20. Quatro horas depois aproximadamente, enfrentou fortes perturbações atmosféricas exatamente na mesma zona em que o AF 447 desapareceu.

O jornal diz ter informações de que o avião foi obrigado a descer muito além dos parâmetros normais para turbulências: passou de 33 mil pés ou 11 mil metros para 28 mil pés ou 9.300 metros. Ou seja, desceu 1.700 metros, quando os manuais de procedimentos recomendam descer apenas 100 metros (300 pés).


O "Figaro" recupera ainda relato de um passageiro (ocupante do assento 4K), expresso em um blogue. Diz o passageiro ter tido a sensação de que a tripulação perdera o controle sobre o aparelho.

Não perdeu, ao contrário do que aconteceu com o voo 447.
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Nota do Editor - O jornalista Clóvis Rossi deveria ter atentado para um detalhe. Os buracos negros da rota do acidente com o avião da Air France têm clara preferência. Só "atacam" aviôes Airbus A 330. Por dia passam centenas de aviões naquelas bandas, grandes e pequenos, civis e militares. Das fábricas: Embraer, Boeing, Bombardier, Dassault, Cessna, Lockheed e outras que não me ocorrem. Os sinistros buracos negros são preconceituosos, funcionam como a diretoria do Flamengo que não quer pagar salário de branco a um técnico negro. Vai acabar pagando mais para um branco. Buracos negros não existem. Alguma coisa está errada no projeto desses aviões que entram em atitude anormal sem dar aviso, mergulham repentinamente e descem centenas de metros até a tripulação recuperar o controle. No acidente de junho passado a recuperação não foi possível. Os mergulhos já aconteceram na TAM, na Air France e em uma companhia australiana que suponho seja a Quantas. Na TAM causaram ferimentos graves em passageiros. A imprensa calou. Sem resposta convincente para as famílias das vítimas e a opinião pública, Air France e Airbus trilham um caminho "seguro" e atribuem os recorrentes problemas a condições misteriosas. Neste mundo em que prosperam empresas que "tiram espírito" é uma saída inteligente, mas não honesta. Falta dizer que os "buracos negros" são fruto do aquecimento global. (Sidney Borges)

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