Opinião

Como está, fica

Editorial do Estadão
O presidente Lula resolveu manter a Esplanada dos Ministérios imune aos resultados do recente ciclo eleitoral: quem está ministro, anunciou, continuará até o fim do governo, salvo aqueles que pretendem se candidatar a cargos eletivos em outubro de 2010 e, pela lei, serão obrigados a entregar as suas Pastas até seis meses antes. Quem está fora, portanto, não entra. Com isso, cai por terra o plano de um rearranjo do Ministério pelo qual o PMDB, que desfila pelo Planalto os seus ganhos nas urnas municipais, estenderia as suas posses ao Ministério da Justiça, onde o petista Tarso Genro cederia o lugar ao colega da Defesa, o peemedebista Nelson Jobim, que por sua vez seria substituído pelo deputado Aldo Rebelo, do PC do B. (Um interessado no arranjo era o senador José Sarney. A Polícia Federal, subordinada à Pasta, apura “movimentações financeiras atípicas” do empresário Fernando Sarney, filho do cacique.)


A decisão presidencial é má notícia também para alguns dos prefeitos cujos mandatos terminam agora e que esperavam federalizar as suas carreiras. É o caso dos petistas Fernando Pimentel, de Belo Horizonte, e João Paulo, do Recife. Ambos fizeram os seus sucessores e contavam com uma promoção a fim de se aprovisionar para o próximo pleito. Tampouco haverá prêmio, nesse caso de consolação, para Marta Suplicy, a candidata de Lula derrotada em São Paulo, a quem conviria regressar à Esplanada (ela foi ministra do Turismo). Quaisquer que sejam as suas ambições para 2010, ela terá de cultivá-las sem as benesses de uma chapa-branca.
Leia mais

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu