Opinião

''Não é hora de complacência''

Editorial do Estadão
A inflação é a grande ameaça à economia mundial neste momento, alertaram presidentes dos maiores bancos centrais, no final de um encontro em Basiléia, na Suíça. ''Não é hora de complacência'', disse o porta-voz do grupo e chefe do Banco Central Europeu, Claude Trichet, expressando uma opinião partilhada por seu colega brasileiro, Henrique Meirelles. A economia global, segundo os participantes do encontro, tem suportado bem os efeitos da retração americana, graças, principalmente, à resistência dos emergentes, como China, Brasil, Rússia e Índia. Muito mais danosa vem sendo a disparada dos preços de produtos básicos, especialmente do petróleo e dos alimentos, de acordo com a avaliação das autoridades monetárias.
O relativo otimismo quanto ao crescimento mundial foi sustentado por estimativas do Banco de Compensações Internacionais (BIS, Bank for International Settlements), também conhecido como o banco central dos bancos centrais. De acordo com essas projeções, a produção global deve crescer 3,6% em 2008. A economia brasileira deverá expandir-se 4,7%; a chinesa, 9,9%; a indiana, 7,7%; a russa, 7,2%; e a argentina, 7%. A produção mexicana, mais dependente do nível de atividade nos Estados Unidos, deverá expandir-se apenas 2,5%.
O alerta dos presidentes de bancos centrais coincidiu com a divulgação, pelas Nações Unidas, de um cálculo de pessoas atingidas pela fome em todo o planeta, em conseqüência do encarecimento da comida. Segundo esse cálculo, 100 milhões já são afetados pela crise dos alimentos e a América Latina, apesar de grande produtora, não ficará imune: 10 milhões de pessoas na região poderão sofrer os efeitos da carestia.
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