Crime e castigo

Um caso para o CSI

Sidney Borges
Alguém entrou no apartamento e matou a minha filha. Eu a deixei sozinha enquanto buscava meus outros filhos que estavam no carro com a mãe. Essa é a versão do pai, Alexandre Nardoni, de 29 anos, para a morte da filha, Isabella de Oliveira Nardoni, de 5 anos, encontrada sem vida no prédio onde iria passar o fim-de-semana. Supõe-se que tenha caído – ou sido atirada - do apartamento que fica no sexto andar.
Socorro, chamem o inspetor Grisson. Enquanto a verdade não surgir a sociedade brasileira viverá atormentada. No fundo o que todos desejam é que o crime tenha sido obra de um maníaco vingativo. Os protocolos sociais ficariam assim intocados, não podemos sequer imaginar que o pai tenha matado a própria filha. Não é admissível, ainda que na história exista a presença de uma madrasta. Há também a hipótese da menina não ter sido atirada, o laudo da necropsia servirá para elucidar a dúvida, o corpo não apresentava fraturas. Além do mais existem vestígios de sangue no carro e as versões do pai e da madrasta são bastante confusas. Definitivamente, quem quer que tenha perpetrado o crime incorreu em quebra de protocolo. Não apenas contra a sociedade, mas contra a espécie humana. Partindo do pressuposto que toda violência deve ser questionada, tal prática contra uma criança indefesa é mais do que um crime, é obra de alguém que não merece conviver em sociedade.

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