Editorial

Um ano que promete

2007 vive os últimos momentos, em algumas horas estaremos em 2008, ano que promete emoções. O Brasil continua onde sempre esteve, com problemas estruturais que parecem não ter solução, embora o governo afirme que atingimos o paraíso. No começo de dezembro nossa economia foi equiparada às de Inglaterra e França. Alguns jornalistas de longo percurso repetiram a falácia, até que a realidade lançou um raio esclarecedor e a verdade foi restaurada. Estamos onde sempre estivemos e onde continuaremos até o dia em que o governo entender que o fator primordial de enriquecimento das nações é o povo educado. Ubatuba vai ser palco de uma luta renhida pela prefeitura. Por enquanto há três forças se preparando para o torneio. O prefeito Eduardo Cesar tenta quebrar o tabu ubatubense de não reeleger prefeitos. Como dono da máquina é natural que seja apontado como favorito. No entanto, as consultas ao povo têm apontado o ex-prefeito Paulo Ramos na liderança. A terceira força nasce do PSDB e seus aliados, que se não repetirem os erros das últimas três eleições podem almejar as batatas do vencedor. As pesquisas de hoje não refletem com exatidão a força dos candidatos. Paulo e Eduardo levam a vantagem da memorização espontânea. Quando as campanhas saírem às ruas para valer, depois do carnaval, o conceito do voto começará a se formar nas cabeças dos eleitores. Prestem atenção a um detalhe, o índice de rejeição. Paulo, Eduardo e Tuzino praticamente empatam nesse quesito. Caribé e Charles estão em situação mais confortável. Outro detalhe importante, o tradicional toma lá dá cá, que caracteriza o processo eleitoral ubatubense vai proporcionar surpresas. Todo proprietário de um celular com câmera é hoje um potencial investigador, basta uma foto de atitude suspeita para a candidatura correr risco. Muitas serão contestadas, os homens fazem o que sabem e os políticos de Ubatuba, desde a chegada das caravelas trocam votos por camisetas, cestas básicas, caminhões de terra e outros mimos. Ainda que se lhes diga que isso pode dar problemas, rirão na sua cara. Aqui sempre foi assim e vai continuar sendo. Talvez tenham razão, os tribunais não têm sido maus com os maus políticos da terra. Ninguém jamais foi condenado por improbidade ou malversação. Alguém me pede para ter paciência, a justiça é lenta, porém implacável. Eu tenho toda a paciência do mundo. Os governos são transitórios, o Ubatuba Víbora é perene. E cada vez mais independente. Mais comprometido com os fatos. Feliz ano novo.

Sidney Borges

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