Opinião

''Lula tem de parar de atuar sindicalmente''

De O Estado de S.Paulo, hoje:
"Há, sim, uma crise militar, embora não estejam ameaçadas nem as instituições nem a autoridade do presidente da República. Três fatos distintos caracterizam essa crise, surgida com a rebelião dos sargentos na sexta-feira. Primeiro, a quebra de hierarquia, quando eles se recusaram a cumprir ordens superiores. Segundo, a decisão dos oficiais de se recusar a continuar comandando os insurretos. Terceiro, a atitude do governo de escalar um ministro civil - o do Planejamento, Paulo Bernardo - para negociar diretamente com os rebeldes e tomar decisões que desprezam os procedimentos militares. A definição é do cientista político Eliezer Rizzo de Oliveira, especialista em assuntos militares e autor do livro Democracia e Defesa Nacional.
Aposentado como professor de Ciência Política na Unicamp, Rizzo dirige agora o Centro Brasileiro de Estudos da América Latina, no Memorial da América Latina, em São Paulo. Em maio, lançará, ao lado de outros estudiosos - entre os quais o ministro-chefe Jorge Armando Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, e o jornalista Roberto Godoy, do Estado, o livro Segurança e Defesa Nacional.
Uma das saídas para o atual conflito, adverte ele, “é o presidente da República parar de atuar sindicalmente e agir como chefe de Estado”. “E isso começa por não deixar que se cortem verbas, como se a defesa nacional fosse negociável.”

Leia a entrevista

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