Casos de polícia

Impunidade

Está havendo distorção de foco no caso dos controladores. O problema é puramente econômico. O Brasil não entrou na globalização? Agora é preciso pagar salários compatíveis com o mundo civilizado. Um controlador americano ou europeu recebe cem mil dólares por ano. Um brasileiro menos de trinta mil reais. A responsabilidade é igual, o pagamento equivale a quinze por cento. No quesito impunidade também estamos longe da civilização. Um exemplo recente do que acontece com gente importante foi o caso do rabino e das gravatas. Se fosse no Brasil seria abafado. Eu me lembro muito bem quando um famoso apresentador televisivo foi apanhado em flagrante. Estava praticando atos libidinosos no carro com um garoto de programa. Levado à delegacia, onde havia um repórter setorista de uma rádio, foi colocado em uma sala incomunicável, visitada por policiais que sorriam marotos. O repórter sentindo a possibilidade do furo ligou para a rádio. O caso era tão explosivo que acordaram o dono. Era madrugada. A ordem foi para esperar o B.O., assim que saísse, a notícia iria ao ar. O tal B.O. nunca foi feito, o apresentador saiu pela porta dos fundos e a coisa foi abafada. A que preço jamais saberemos. Outro caso semelhante envolvendo um dono de produtora e um travesti, também foi abafado. Sabe-se que o empresário foi embora da delegacia de táxi e o Audi que dirigia foi vendido dias depois, na boca. Não foi ele que vendeu. Esse é o Brasil, eternamente o país do futuro. (Sidney Borges)

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