Manchetes do dia

Segunda-feira, 02 / 04 / 2007

Folha de São Paulo:
"FAB abandona controle de tráfego aéreo"
Depois do motim "vitorioso" da sexta, que praticamente parou os aeroportos em todo o país, o controle de tráfego aéreo já está, na prática, nas mãos dos próprios controladores de vôo, que administram desde sábado o setor sem supervisão ou chefia dos oficiais da Aeronáutica, que deixaram as funções antes mesmo da criação do novo órgão civil que vai gerir a área. Os controladores se queixam da falta de uma transição gradual e temem ser sabotados pela ação da Aeronáutica no restante da infra-estrutura do controle aéreo (equipamento e pessoal civil e militar). A "entrega" do controle aéreo, oficializada em nota oficial da FAB no sábado, é chamada pelos controladores de "abandono" das salas de controle. (...)


O Globo:
"Crise após motim deixa controle aéreo sem chefia"
A desmilitarização prometida pelo governo aos controladores de vôo para encerrar a greve que parou os aeroportos, na sexta-feira, deixou o serviço de controle de tráfego aéreo sem comando. A Aeronáutica já avisou que só responderá por torres de bases aéreas e centros de operações militares, deixando os sargentos que monitoram vôos civis agirem por conta própria. Eles ficarão subordinados a um órgão vinculado à pasta da Defesa, ainda não criado. Ontem as filas nos aeroportos diminuíram, mas 20,3% dos vôos ainda saíram com atrasos. Para a oposição, a CPI do Apagão tornou-se inevitável.


O Estado de São Paulo:
"Controle de vôo passa logo para a área civil"
O governo deve assinar amanhã medida provisória pela qual 1.500 dos 2.400 militares controladores de vôo passarão para atividade civil, trabalhando no novo Controle da Circulação Aérea Geral, vinculado ao Ministério da Defesa e não mais à Aeronáutica, informou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. O ato mostra que o governo quer acelerar o processo de transferência, sobretudo para acalmar setores militares, descontentes com a presença na caserna de pelo menos uma centena de sargentos que participaram de motim na sexta-feira.
Para contornar a crise criada com a decisão de não prender os amotinados na sexta-feira, a Aeronáutica estabeleceu prazo de 45 dias para que deixem todas as dependências da FAB. "Não há mais ambiente para eles trabalharem lá", disse o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, logo após o fim da rebelião. A essência da MP da desmilitarização será fechada hoje, em reunião no Planalto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


Jornal do Brasil:
"Temor de greve já se alastra dentro da FAB"
Um dos efeitos da capitulação do Planalto diante dos controladores já apareceu. Como o comandante do Cindacta I foi promovido a brigadeiro no sábado e, por norma, deve sair, nenhum oficial aceita sucedê-lo. Os eventuais substitutos consideram que os militares do centro de Brasília, a base do motim, ganharam o direito de ignorar o comando. Teme-se, ainda, que o movimento sindical se alastre às outras 26 categorias de sargentos especialistas. Nos aeroportos, a situação dos vôos continuou confusa.

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