Opinião

A armadilha ideológica dos palanques

Ruy Fabiano
A dicotomia esquerda x direita com que se tenta simplificar as opções em pauta para este segundo turno presidencial é mais uma trapaça servida ao eleitor brasileiro, no mercado das ilusões políticas.
Nem Lula é de esquerda, nem Alckmin de direita. Se o que dá conteúdo àqueles rótulos, que remontam ao tempo da Revolução Francesa – e foram sepultados com a queda do Muro de Berlim -, é a política econômica, não há diferença de fundo entre Lula e Alckmin.
Não é o Bolsa-Família, programa assistencialista surgido no governo passado, e ampliado neste, que confere cunho ideológico a quem quer que seja. Assistencialismo é típico de governos conservadores e/ou populistas. Também aí ambos se equivalem.
O que importa é o modelo econômico que se pratica, as prioridades que estabelece. Por essa óptica, Lula foi – e continua sendo - a continuação de FHC, cujo governo denomina de “neoliberal”, mas cujos fundamentos doutrinários sustentou e até mesmo agravou, levando a política monetarista de seu antecessor a níveis que o próprio não cogitou, e que resultaram no maior lucro já registrado na história do sistema financeiro em nosso país.

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