Editorial

Pérolas do socialismo

Um partido único eternizado no poder leva a situações que se não fossem trágicas seriam até engraçadas. Logo depois da queda do comunismo, na ex-União Soviética, algumas pérolas da eficiência que levou o “regime burro” ao abismo vieram à luz. A que mais me intrigou foi o passeio das alfaces. É que nos primeiros anos após a revolução, os produtos hortigranjeiros nem sempre eram provenientes das cercanias de Moscou.

Algumas leguminosas percorriam longas distância para chegar à capital. Os iluminados tecnocratas de Stálin fizeram inúmeras reuniões, perderam noites e noites de sono para criar uma norma que dizia que tais produtos viajariam em torno de mil quilômetros de trem. Como é sabido a burocracia estatal carece de inteligência, haja vista os nossos "aloprados do dossiê". Com um agravante, na ex-União Soviética quem desobedecesse ao sistema - infalível e perfeito como é o governo Lula - poderia ser enviado aos confortáveis campos de reeducação. Ficou então decidido, mil quilômetros e não se fala mais nisso. Quem tocar no assunto é de direita ou da elite.
E assim foi durante meio século. Nos anos da década de oitenta, um pé de alface plantado ao lado da praça Vermelha era embarcado em um trem e viajava quinhentos quilômetros em uma direção qualquer para então retornar e ser consumido, murcho de raiva e indignação. Só podia dar no que deu. Vinte anos depois do fim do “regime burro”, querem implantar no Brasil uma estupidez semelhante. É possível pedir asilo em Marte?

Sidney Borges

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