Manchetes do dia

Sexta-feira, 20 / 10 / 2006

Folha de São Paulo:
"Lula tira corrupção de foco em debate"
O tom agressivo e a discussão sobre corrupção que marcaram o primeiro debate entre Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin foram substituídos ontem, no segundo confronto entre os presidenciáveis, pela citação quase professoral de uma profusão de números a respeito de indicadores sociais e econômicos. Estrela do encontro anterior, a corrupção virou coadjuvante e em vários momentos sumiu de cena.
Dezenove pontos atrás do petista Luiz Inácio Lula da Silva e a nove dias do segundo turno, Geraldo Alckmin reconheceu ontem que sua campanha errou ao entrar no debate das privatizações proposto por seu adversário. "Nós acabamos embarcando nesse barco não pelo mérito, mas pela mentira", disse Alckmin. Sabatinado pela Folha, em São Paulo, o candidato do PSDB ao Planalto defendeu a venda de empresas públicas. A dianteira do petista e o curto espaço de tempo até a eleição, no entanto, parecem não ter tirado o ânimo do tucano, que ainda acredita em uma virada. Alckmin procurou delimitar as diferenças entre ele e Lula, especialmente no aspecto fiscal e na gestão da máquina pública. Segundo ele, seu adversário inchou o Estado e é contra um corte radical de gastos, medida defendida ontem pelo ex-governador.


O Globo:
"Petista confirmou que Freud mandou comprar o dossiê"
O petista Gedimar Passos reafirmou à Polícia Federal no dia 18 de setembro, três dias após ser preso com parte do R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar o dossiê contra tucanos, que foi Freud Godoy, ex-assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quem lhe dera a missão de entregar o dinheiro ao chefe da máfia dos sanguessugas. Ao ser acareado com Freud na PF, Gedimar inicialmente manteve a versão que apresentara no dia da prisão. Só depois que Freud negou envolvimento no escândalo, Gedimar pediu para manter-se em silêncio no restante da acareação. Semana passada Gedimar voltou atrás e alegou ter sido pressionado por um delegado da PF a acusar Freud. A Justiça autorizou ontem a quebra do sigilo bancário de Freud. A PF suspeita que "uma pessoa conhecida", além dos sete petistas já identificados, possa ter participado da compra do dossiê.


O Estado de São Paulo:
"Investigado, Freud mantém contato com assessor de Lula"
O ex-segurança da Presidência Freud Godoy, afastado da assessoria pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda mantém contato com funcionários do Palácio do Planalto: anteontem ele esteve reunido por quase três horas, em São Paulo, com Rogério Aurélio Pimentel, assessor especial de Lula. A Justiça Federal decretou ontem a quebra do seu sigilo bancário. A Procuradoria da República e a Polícia Federal (PF) suspeitam que Freud tenha sido o cabeça da compra do dossiê contra o PSDB. Soube-se ontem que o advogado petista Gedimar Pereira Passos manteve no dia 18 de setembro a declaração de que partiu de Freud a ordem para entregar R$ 1,75 milhão a Luiz Antonio Vedoin, chefe da máfia das ambulâncias. Gedimar havia sido preso três dias antes com o dinheiro e relatara a participação de Freud, que negou. Diante da contradição, A PF fez uma acareação dos dois e Gedimar confirmou o que havia dito.


Valor Econômico:
"Dobram importações de bens de consumo durável"
A Suggar, fabricante de fogões, coifas e exaustores recebe, nos próximos dias, 70 contêineres de eletrodomésticos portáteis vindos da China. É sua estréia na importação: estão chegando ferros, liquidificadores, sanduicheiras, entre outros produtos, incluindo aqueles que ela fabrica. "Já devia ter partido para importação há muito tempo", diz o presidente e fundador da Suggar, Lúcio Costa. Os produtos "made in China" vão custar à empresa entre 35% e 40% menos do que se fossem feitos em Belo Horizonte, e vão trazer, depois, fechamento de postos de trabalho no Brasil. O caso da Suggar é um exemplo do que ocorre em todo o país, com o crescimento da substituição de bens de consumo duráveis nacionais por produtos importados. No acumulado de 12 meses meses até setembro, o volume importado destes bens cresceu 74%, mas esse ritmo está em aceleração. No terceiro trimestre deste ano, a quantidade importada destes itens praticamente dobrou. Foi 93% maior do que em igual período do ano passado.
Além de perder espaço no mercado local, a indústria de bens de consumo duráveis está perdendo mercado em outros países. A quantidade exportada pelo Brasil caiu 6% no acumulado de 12 meses até setembro e 12% no terceiro trimestre. Os dados são da Funcex. As importações de carros, em valores, aumentaram 200% no terceiro trimestre e 109% no primeiro semestre, enquanto as exportações cresceram apenas 12% no primeiro e caíram 2,3% no terceiro trimestre. Nos eletrodomésticos, as importações cresceram expressivos 60% no primeiro semestre e 70% entre julho e setembro, sempre na comparação com igual período de 2005. "Os produtos eletroeletrônicos nunca estiveram tão baratos", diz Valdemiro Hafenann, diretor corporativo da Salfer, rede de 42 lojas em Santa Catarina e Paraná.

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