Pensata

“Exercendo a Cidadania”

Corsino Aliste Mezquita
O Sr. Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ministro, Marco Aurélio de Mello, repete, insistentemente que, nós cidadãos, somos os patrões de todas as autoridades públicas e dos funcionários públicos e como tais deveríamos agir e sermos respeitados.
Pessoalmente, quando ocupante de cargo público, praticamos essa doutrina e levamos, até as últimas conseqüências, o significado de “SERVIDOR PÚBLICO”.
Mesmo que, nem todos entendam, o exercício da cidadania, como o Sr. Ministro, é possível arriscar, alguns palpites, sobre fatos que estão acontecendo, relacionados com a Educação do Município. O fazemos questionado por funcionários da Secretaria e sem interesses particulares. Nosso intuito é evitar que a Secretaria Municipal de Educação esqueça as prioridades constantes no Plano Decenal de Educação e desvie os recursos necessários à Educação para atender interesses de outras secretarias ou programas dispensáveis. Durante quatro anos conseguimos que os recursos da Educação nela fossem investidos. Progressos foram feitos. O atraso era tanto que grandes desafios ficaram para o futuro. Os procedimentos, anteriores a 2000, quando as verbas da Educação atendiam quase tudo, não podem ser resgatados.
Vendo os de “OLHO EM UBATUBA”, dos dias 31-08-06 e 25-09-06, da revista Guaruçá e depois de passar pelo local para verificar o que estava acontecendo, na EM Marina Salete Nepomuceno do Amaral, percebi que na área da escola existem indícios de estar sendo construídos, já faz, aproximadamente noventa dias, Ginásio Coberto (já marcado) e piscina (com o buraco aberto e cheio de água esverdeada já, aproximadamente, sessenta dias), sem que lá exista placa de obra que indique: Empresa contratada, valor do contrato, engenheiro responsável, início e término da obra e dotação orçamentária etc. Nada consta. Procurei saber as causas dessas ausências e da paralisação e recebi uma resposta breve, curta e grossa: “FALHA DE PROJETO. NÃO FIZERAM SONDAGEM”. Indícios apontam nesse sentido.
Nada contra a construção de um belo ginásio para a prática da educação física, ginástica, esportes, programações artísticas, festas da escola e outras atividades pedagógicas. Cada escola daquele porte deveria ter esse equipamento. Entretanto providências deverão ser tomadas, antes de contratar a obra, considerando que aquela área, mesmo afastada da praia, era um imenso mangue ou, se o leitor preferir, um brejo sumidouro de aterro.
Já a piscina é um equipamento perigoso, dispensável e oneroso numa escola. Ocasionará sérios problemas de manutenção e gastos vultosos às verbas da Educação. Verbas necessárias para criar os milhares de vagas necessárias, nas creches e na Educação Infantil, abastecer as escolas dos equipamentos e materiais pedagógicos necessários a uma educação de qualidade, acabar com as escolas de três períodos diurnos e realizar a constante manutenção dos prédios escolares que tão facilmente se deterioram, em Ubatuba.
Deverão ser atendidas, as necessidades e prioridades, relacionadas acima, antes de se pensar em piscinas. São prioridades estabelecidas pelo Plano Decenal de Educação, aprovado, por unanimidade, na Câmara, em 2003, que não podem ser esquecidas e ignoradas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu