Manchetes do dia

Sexta-feira, 29 / 09 / 2006

Folha de São Paulo:
"Ausente, Lula é alvo de ataques em debate"
O debate entre os principais candidatos à Presidência realizado ontem pela Globo transformou-se num processo de acusações contra um presidente em exercício, no caso Luiz Inácio Lula da Silva, que só no começo da noite enviou carta à emissora para anunciar que não compareceria. O tiroteio sobre o presidente foi de sugestão de Cristovam Buarque (PDT) para que renunciasse, em caso de reeleição, até a afirmação da senadora Heloísa Helena (PSOL) de que o PT se transformou "em organização criminosa comandada pelo presidente".
Mesmo Geraldo Alckmin, o mais contido dos três debatedores, como é de seu estilo, disse que o mensalão, "visão autoritária de um poder comprando e subjugando outro poder", foi "tramado no Palácio do Planalto, através da cúpula do PT". Citou nominalmente o ex-ministro José Dirceu e o ex-presidente do PT José Genoino. Alckmin também acusou Lula de ter sido "duro com o jardineiro honesto [alusão ao caseiro Francenildo, cujo sigilo bancário foi violado pelo então ministro da Fazenda, Antonio Palocci]", mas fraco com os criminosos de colarinho branco.
Não faltou, na seqüência de acusações a Lula, a menção, por Heloísa Helena, ao fato de o filho de Lula ter sido capitalizado pela Telemar, empresa de telefonia, com um valor que a candidata disse ser de R$ 15 milhões -na verdade, um aporte de R$ 5 milhões. Foi associado à corrupção até o Bolsa-Família, programa que é a menina-dos-olhos de Lula e que muitos pesquisadores consideram fator decisivo para a liderança de Lula nas pesquisas.

O Globo:

"Lula falta a debate e vira alvo de candidatos na TV"
O temor pelo confronto com a senadora Heloísa Helena, ex-petista que se candidata a presidente pelo PSOL, e com o ex-ministro da Educação Cristovam Buarque, do PDT, foi o principal motivo da ausência do presidente Lula ao debate entre os presidenciáveis ontem à noite, na TV Globo. Além dos dois ex-petistas, Lula seria confrontado também com Geraldo Alckmin, do PSDB, que se preparou para cobrar do presidente os escândalos do mensalão e o mais recente, da compra de um dossiê por petistas para ser usado contra os tucanos.
Lula manteve o suspense sobre sua presença até as 19h01m, quando afinal informou que não compareceria. Um grupo de seguranças do escalão precursor da Presidência já estava no Projac, mas mesmo assim Lula não foi. Em vez disso, viajou para São Bernardo do Campo, onde participou de comício, no qual dividiu o palanque com os deputados professor Luizinho e José Mentor, que receberam dinheiro do valerioduto.

O Estado de São Paulo:

"Oposição acusa governo de montar 'operação abafa'"
Políticos de oposição acusaram ontem o governo de promover uma manobra política para retardar para depois da eleição as investigações da Polícia Federal sobre a origem do dinheiro que petistas usariam para comprar o dossiê Vedoin. As acusações partiram principalmente dos senadores Tasso Jereissati (PSDB) e Heráclito Fortes (PFL). Eles se queixaram de que até ontem a PF não havia pedido ajuda do Banco Central para rastrear o dinheiro.
Segundo o BC, porém, a PF nem precisa dessa ajuda, porque investigações junto a instituições financeiras garantiriam mais informações. Nota do banco diz que "os contratos das operações de câmbio ficam arquivados naquelas instituições", com números de série das cédulas. Tasso atacou o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao qual a PF é subordinada. Bastos disse que a oposição quer apenas gerar "fatos públicos na véspera de uma eleição que lhe é desfavorável".


Gazeta Mercantil:

"O eldorado dos grãos, agora, é prejuízo certo"
A expectativa de lucro certo na outrora promissora agricultura do Mato Grosso se transformou em prejuízo. Os problemas de infra-estrutura e o câmbio fizeram com que as terras mais baratas e a alta produtividade não mais compensem economicamente o plantio de grãos na região. Estudo da Agroconsult mostra perda na rentabilidade para o agronegócio do estado, com margem negativa de 17% para a próxima safra de soja. Apenas o algodão pode ter rentabilidade positiva de 9%.
"O pior lugar do País para se plantar hoje é Mato Grosso, por causa dos custos da logística", diz André Debastiani, analista da Agroconsult. Com o dólar no nível atual, estar longe dos portos faz os preços dos insumos serem ainda mais altos e os do grão mais baixos. Enquanto os produtores de MT perdem, os paranaenses ganham. Lá, a rentabilidade será de 11% na próxima safra. Os gaúchos também perdem, mas bem menos: 3,7%.

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