Opinião

Colisão nos ares

Tragédia é quando não sobra ninguém. É o que suponho ter acontecido com os passageiros do avião da Gol que voava de Manaus para Brasília. Avião novo, melhor dizendo, trincando de novo, duzentas horas de vôo. Tripulação experiente, tempo bom. O que aconteceu de errado? O avião fazia um vôo controlado em aerovia designada pelas autoridades aeronáuticas. De repente, sem respeitar a separação de praxe, surgiu um Legacy, que ao contrário do que afirma a imprensa, não tem nada de pequeno porte. É um avião executivo que transporta até dezesseis passageiros e em caso de colisão, tão destrutivo quanto o Boeing desaparecido. O que fazia o Legacy naquele ponto fatídico do espaço? Ele tinha plano de vôo? Em caso afirmativo, não poderia estar no mesmo nível de vôo do Boeing e, portanto, não teria havido colisão. De onde decolou o Legacy? Para onde ia? Alguém cometeu um erro que pode ter custado muitas vidas. Pelos relatos que temos até o momento, o avião da Gol é inocente. Restam dois suspeitos: o Legacy, que poderia estar fazendo um vôo não controlado, ou o controle que não teria controlado o que deveria controlar. O que podemos afirmar com certeza é que a tragédia não teria acontecido se as regras de vôo tivessem sido respeitadas.

Sidney Borges

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