Quem não se comunica...
Em dez prisões, quadrilha tinha 1.200 telefones, diz delegado
Por Evandro Éboli, n'O Globo:
"A organização criminosa que organizou as rebeliões dos presídios de São Paulo tinha em seu poder pelo menos 1.200 aparelhos celulares. A informação foi repassada à CPI do Tráfico de Armas pelo delegado Rui Ferraz Fontes, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), antes do início da onda de ataques a postos policiais e rebeliões ordenada pela quadrilha. No primeiro depoimento que prestou na CPI, em maio do ano passado, o delegado admitiu aos deputados da comissão que era impossível interceptar as ligações de todos os aparelhos. E disse que seriam necessários três policiais para vigiar cada aparelho. Ou seja, a polícia teria de usar 3.600 homens só para trabalhar no serviço de escuta. O delegado deixou claro que isso seria impossível, mesmo diante da absoluta necessidade de interromper a comunicação dos bandidos. 'O nosso maior problema hoje são dois. Esses (...) O primeiro deles, e o mais sério, chama-se comunicação, telefonia celular. Dentro das 27 maiores penitenciárias do Estado de São Paulo, nós contamos com mais de 1.200 telefones celulares que estão espalhados. É simplesmente impossível interceptar o fluxo de comunicação que faz por esses 1.200 celulares. É impossível', disse o delegado à CPI. O segundo problema, segundo ele, é a compra de armas para a facção criminosa que controla os presídios de São Paulo. Na quarta-feira da semana passada Rui Ferraz prestou novo depoimento na CPI ao lado do delegado Godofredo Bittencourt. Eles foram ouvidos numa sessão reservada, mas a gravação foi vendida aos advogados de uma quadrilha por R$ 200 por um funcionário terceirizado da Câmara."
Por Evandro Éboli, n'O Globo:
"A organização criminosa que organizou as rebeliões dos presídios de São Paulo tinha em seu poder pelo menos 1.200 aparelhos celulares. A informação foi repassada à CPI do Tráfico de Armas pelo delegado Rui Ferraz Fontes, do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), antes do início da onda de ataques a postos policiais e rebeliões ordenada pela quadrilha. No primeiro depoimento que prestou na CPI, em maio do ano passado, o delegado admitiu aos deputados da comissão que era impossível interceptar as ligações de todos os aparelhos. E disse que seriam necessários três policiais para vigiar cada aparelho. Ou seja, a polícia teria de usar 3.600 homens só para trabalhar no serviço de escuta. O delegado deixou claro que isso seria impossível, mesmo diante da absoluta necessidade de interromper a comunicação dos bandidos. 'O nosso maior problema hoje são dois. Esses (...) O primeiro deles, e o mais sério, chama-se comunicação, telefonia celular. Dentro das 27 maiores penitenciárias do Estado de São Paulo, nós contamos com mais de 1.200 telefones celulares que estão espalhados. É simplesmente impossível interceptar o fluxo de comunicação que faz por esses 1.200 celulares. É impossível', disse o delegado à CPI. O segundo problema, segundo ele, é a compra de armas para a facção criminosa que controla os presídios de São Paulo. Na quarta-feira da semana passada Rui Ferraz prestou novo depoimento na CPI ao lado do delegado Godofredo Bittencourt. Eles foram ouvidos numa sessão reservada, mas a gravação foi vendida aos advogados de uma quadrilha por R$ 200 por um funcionário terceirizado da Câmara."
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