Notícias da Agenda 21
Litoral Norte discute soluções para o lixo
Cada real gasto em saneamento tem como conseqüência a economia de quatro reais em gastos com a saúde. Este foi um dos exemplos dados pelo Sr. Auracy Manzano, Secretário de Meio Ambiente de Caraguatatuba na REXPO - Exposição de Produção Responsável e Consumo Sustentável – Redução, Reuso e Reciclagem de Resíduos no Litoral Norte – SP, que ocorreu no Espaço Educacional e Cultural Governador Mário Covas, em Caraguatatuba nos dias 4, 5 e 6 de maio.
O evento foi uma iniciativa do CBH-LN – Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte, com o patrocínio e participação de várias entidades governamentais e não-governamentais.
Os quatro municípios do Litoral Norte, especialmente na temporada, vêm enfrentando um problema de difícil solução: o que fazer com o lixo. As fontes de água potável, constituídas por inúmeros pequenos rios, que estão cada vez mais insuficientes para a demanda, poderiam ser contaminadas pela presença de lixões. Os que já existem, estão no limite de sua capacidade. Ilhabela e São Sebastião já estão exportando seu lixo para Tremembé, mas a um custo muito alto.
O Governo do Estado vem incentivando a formação e a instalação do CITRES – Centro Integrado de Tratamento de Resíduos do Litoral Norte, em Caraguatatuba, através da formação de um consórcio entre os quatro municípios; mas enfrenta resistências por parte da população local. Outro problema seria o alto custo do investimento, que deveria contar com subsídios das três esferas de governo. No entanto, para reduzir o volume dos resíduos, diminuir o custo e o impacto sobre o meio ambiente da região, é necessário ampliar e aperfeiçoar a coleta seletiva e a reciclagem.
Segundo Sabetai Calderoni, renomado pesquisador do Instituto Brasil Ambiente, a iniciativa privada poderia assumir os custos do CITRES, desde que o terreno fosse cedido pelo município e recebesse alguns incentivos fiscais.
De acordo com os vários expositores, grande parte daquilo que chamamos lixo, na linguagem técnica são resíduos sólidos e, grande parte desses resíduos são matérias primas que, no processo de reciclagem, poderiam gerar muitos empregos e novos produtos.
No entanto, segundo a Dra. Denise Formaggia, engenheira sanitarista do Serviço de Vigilância da Secretaria de Saúde do Estado, o armazenamento de produtos recicláveis deve ser cuidadoso, em local coberto para evitar o armazenamento de água, foco da proliferação das larvas do transmissor da dengue. Para serem recicláveis- papéis, plásticos, vidros e metais - devem ser separados do lixo de banheiro, a fim de evitar a contaminação e a proliferação de doenças. Quanto mais limpos forem os resíduos e quanto mais separados uns dos outros (vários tipos de plásticos, metais e papéis) maior será o valor da revenda.
Segundo o Sr. Juan Luiz Rodriguez Gonzalez, que representava o CREA-SP – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, expôs sobre as várias possibilidades de reutilização dos resíduos da construção civil, contribuindo para o barateamento da obra e para a qualificação da empresa com o certificado ISO.
A Sra. Ana Lucia Brasil, engenheira civil, da diretoria da ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, coordenadora do Fórum Lixo e Cidadania, expôs o histórico da constituição do Fórum e os principais resultados alcançados. O Fórum se articulou para combater o trabalho infantil nos lixões, pois em 1999 havia mais de 45 mil crianças. Seu slogan era: “Criança no lixo, nunca mais”. No ano seguinte, com a articulação com vários programas, entre os quais o bolsa-escola, mais de 13 mil crianças deixaram os lixões. Um outro resultado do esforço do Fórum foi a aprovação da Lei da Política Estadual de Resíduos Sólidos, votada em março de 2006. Também propôs a formação do Fórum no Litoral.
Ao final, a Sra. Delaine Romano, coordenadora da Coleta Seletiva Zona Leste Faz, abordou a questão da inclusão social dos catadores e as dificuldades de articulação devido às constantes trocas de governo.
Os participantes foram convidados a se inscrever nos cursos, debates e visitas técnicas que serão realizados nos dias 06, 07 e 9 de junho, em Santos e Praia Grande, organizados pela ABES e pelo Fórum Lixo e Cidadania.
Rui Alves Grilo
Grupo de Trabalho de Comunicação
Agenda 21 do Litoral Norte
Cada real gasto em saneamento tem como conseqüência a economia de quatro reais em gastos com a saúde. Este foi um dos exemplos dados pelo Sr. Auracy Manzano, Secretário de Meio Ambiente de Caraguatatuba na REXPO - Exposição de Produção Responsável e Consumo Sustentável – Redução, Reuso e Reciclagem de Resíduos no Litoral Norte – SP, que ocorreu no Espaço Educacional e Cultural Governador Mário Covas, em Caraguatatuba nos dias 4, 5 e 6 de maio.
O evento foi uma iniciativa do CBH-LN – Comitê de Bacias Hidrográficas do Litoral Norte, com o patrocínio e participação de várias entidades governamentais e não-governamentais.
Os quatro municípios do Litoral Norte, especialmente na temporada, vêm enfrentando um problema de difícil solução: o que fazer com o lixo. As fontes de água potável, constituídas por inúmeros pequenos rios, que estão cada vez mais insuficientes para a demanda, poderiam ser contaminadas pela presença de lixões. Os que já existem, estão no limite de sua capacidade. Ilhabela e São Sebastião já estão exportando seu lixo para Tremembé, mas a um custo muito alto.
O Governo do Estado vem incentivando a formação e a instalação do CITRES – Centro Integrado de Tratamento de Resíduos do Litoral Norte, em Caraguatatuba, através da formação de um consórcio entre os quatro municípios; mas enfrenta resistências por parte da população local. Outro problema seria o alto custo do investimento, que deveria contar com subsídios das três esferas de governo. No entanto, para reduzir o volume dos resíduos, diminuir o custo e o impacto sobre o meio ambiente da região, é necessário ampliar e aperfeiçoar a coleta seletiva e a reciclagem.
Segundo Sabetai Calderoni, renomado pesquisador do Instituto Brasil Ambiente, a iniciativa privada poderia assumir os custos do CITRES, desde que o terreno fosse cedido pelo município e recebesse alguns incentivos fiscais.
De acordo com os vários expositores, grande parte daquilo que chamamos lixo, na linguagem técnica são resíduos sólidos e, grande parte desses resíduos são matérias primas que, no processo de reciclagem, poderiam gerar muitos empregos e novos produtos.
No entanto, segundo a Dra. Denise Formaggia, engenheira sanitarista do Serviço de Vigilância da Secretaria de Saúde do Estado, o armazenamento de produtos recicláveis deve ser cuidadoso, em local coberto para evitar o armazenamento de água, foco da proliferação das larvas do transmissor da dengue. Para serem recicláveis- papéis, plásticos, vidros e metais - devem ser separados do lixo de banheiro, a fim de evitar a contaminação e a proliferação de doenças. Quanto mais limpos forem os resíduos e quanto mais separados uns dos outros (vários tipos de plásticos, metais e papéis) maior será o valor da revenda.
Segundo o Sr. Juan Luiz Rodriguez Gonzalez, que representava o CREA-SP – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura, expôs sobre as várias possibilidades de reutilização dos resíduos da construção civil, contribuindo para o barateamento da obra e para a qualificação da empresa com o certificado ISO.
A Sra. Ana Lucia Brasil, engenheira civil, da diretoria da ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, coordenadora do Fórum Lixo e Cidadania, expôs o histórico da constituição do Fórum e os principais resultados alcançados. O Fórum se articulou para combater o trabalho infantil nos lixões, pois em 1999 havia mais de 45 mil crianças. Seu slogan era: “Criança no lixo, nunca mais”. No ano seguinte, com a articulação com vários programas, entre os quais o bolsa-escola, mais de 13 mil crianças deixaram os lixões. Um outro resultado do esforço do Fórum foi a aprovação da Lei da Política Estadual de Resíduos Sólidos, votada em março de 2006. Também propôs a formação do Fórum no Litoral.
Ao final, a Sra. Delaine Romano, coordenadora da Coleta Seletiva Zona Leste Faz, abordou a questão da inclusão social dos catadores e as dificuldades de articulação devido às constantes trocas de governo.
Os participantes foram convidados a se inscrever nos cursos, debates e visitas técnicas que serão realizados nos dias 06, 07 e 9 de junho, em Santos e Praia Grande, organizados pela ABES e pelo Fórum Lixo e Cidadania.
Rui Alves Grilo
Grupo de Trabalho de Comunicação
Agenda 21 do Litoral Norte
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