Pensata

Opus Dei, o lado de fora

"Pouco me importa que me digam que fulano é um bom filho meu - um bom cristão -, mas um mau sapateiro! Se não se esforça por aprender bem o seu ofício ou por executá-lo com esmero, não poderá santificá-lo nem oferecê-lo ao Senhor. E a santificação do trabalho ordinário é como que o eixo da verdadeira espiritualidade para os que - imersos nas realidades temporais - estão decididos a ter uma vida de intimidade com Deus."

Compare-se esse trecho, extraído da coletânea de homilias "Amigos de Deus", do fundador do Opus Dei, Josemaría Escrivá de Balaguer, a este, do clássico "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" (versão de 1920) do sociólogo alemão Max Weber (1864-1920):

"A fé precisa se comprovar por seus efeitos objetivos a fim de poder servir de base segura para a certitudo salutis [certeza da salvação]: precisa ser uma fides efficax, e o chamado à salvação, um effectual calling (...). Ora, se perguntarmos em que frutos o reformado é capaz de reconhecer sem sombra de dúvida a justa fé, a resposta será: numa condução da vida pelo cristão que sirva para o aumento da glória de Deus. (...) Só quem é eleito possui a verdadeira fides efficax, só ele é capaz, por conta de seu renascimento (regeneratio) e da santificação (sanctificatio) da sua vida inteira, de aumentar a glória de Deus por meio de obras boas realmente, não apenas aparentemente boas."
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