PRIMEIRA PESSOA

Herbert Marques
Dificilmente falo na primeira pessoa pois entendo que o leitor não tem nada com os aborrecimentos da minha vida. O que ele quer é uma informação, um ponto de vista, que sempre no meu entender deve ser apresentado sem a minha presença como interlocutor. Mas hoje não tem jeito. Fiquei afastado desta coluna há mais de um mês em razão de uma cirurgia que me pôs em repouso absoluto todo esse tempo e com isso, perdi a oportunidade da crítica aos acontecimentos mais marcantes de nossa cidade - arvores do Cruzeiro, a cruz da Exaltação, os quiosques e suas peripécias, a cobertura da feirinha, o corredor das bicicletas e tantas outras mais -, bem como as aberrações do chefe supremo Lula e seus asseclas. Ainda bem que meu editor se desvencilhou com esmero dessas causas, principalmente no corte das centenárias amendoeiras e na destruição do Cruzeiro.
Assim, como matéria requentada é escrita desagradável, vou procurar comentar as coisas novas que deverão acontecer, ou não acontecer, quer em nossa cidade, quer na nossa República, ambas combalidas pelos desmandos, pela incompetência e pela má fé de seus dirigentes, voltados que são pela permanência no poder, esta força mágica que tanto costuma impregnar os homens menos preparados.
Começo pelo Prefeito de Ubatuba. Ainda sonâmbulo, não acordou para tocar sua cidade, deixando que as coisas aconteçam sem a presença de um pulso administrativo. Daí não ter resolvido ainda o problema da Praia Grande, a instalação do Fórum, o problema do tráfego de ciclistas, a atualização de toda legislação referente a ocupação do solo, lançamento de tributos, essas duas providências afeitas ao legislativo mas sabidamente sem o empurrão vigoroso do executivo não sai. Ainda sem contar o inchaço da máquina administrativa e a locação de cargos por pessoas inabilitadas.
Quando ao chefe supremo Lula, a relação de desmandos merece matéria à parte. Estamos nas mãos do mais inábil dos presidentes que até agora ocuparam o cargo maior de nossa nação. Mente deslavadamente e quando não nos aplica uma mentira consciente, o faz pela sua ignorância e falta de respeito para com seu povo. Todo dia ocupa um palanque nos mais variados grotões do pais e dispara sua metralhadora de disparates, via de regra descordenados e desarticulados, mas de grande efeito, principalmente para a classe mais baixa da população.
Esse é o lamentável quadro de um ano que passou e de outro que se inicia. Desilusão para quem fez uso de seu voto nesses lamentáveis senhores. Contudo, nova eleição vem aí e com ela devemos colocar nova carga emocional de esperança. O voto é a nossa única arma e é com ele que poderemos um dia conduzir essa nação a um designo melhor. Vamos tentar outra vez.
4 jan. 06

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mosca-dragão

Pegoava?

Jundu