Editorial

Palavras...

A coisa está ficando confusa. O Secretário do Meio Ambiente afirmou publicamente que não sabia, não foi informado da contratação do engenheiro que atestou a doença da árvore. Não entendo de árvores, apenas gosto delas. Na falta de conhecimento aprofundado, me restam as fotografias que tirei da “doente”. Devo ser mau fotógrafo, nas fotos ela parece saudável. Ainda que estivesse doente, nunca aparentou constituir uma ameaça à integridade de nossos cidadãos. Mas voltando ao que disse o Secretário. Se ele que é o responsável pelo Meio Ambiente não sabia, quem teria contratado o engenheiro? Mistério. Há de se supor que uma administração que se propõe a resgatar a ética e os bons costumes trabalhe coordenada, em harmonia. O acontecimento recente mostra que não é bem assim. A mão direita parece desconhecer o que faz a esquerda. Haverá um arremedo de Richilieu na corte? Na França dos luizes, onde poderes paralelos ganharam vulto, a guilhotina se fez presente. Sobre ética, disse o Prefeito:

“Vivemos um momento ético em que não cabe a hipocrisia administrativa. Há necessidade de sermos sérios em nossos comportamentos, não cabendo dubiedade, exigindo apenas o cumprimento da lei pelo Poder Público quando na realidade o particular também está sujeito a ela. Criticar e apontar falhas é muito fácil, mais fácil do que cumprir a lei”.

Em breve teremos outro laudo, uma segunda opinião para tirar as dúvidas. A árvore está doente? Que tipo de doença? Qual o grau da ameaça que constituí? Estando doente, por que foi replantada? De posse das respostas voltaremos a falar de ética, para que os discursos não configurem meras sopas de letrinhas ou palavras ao vento.

Sidney Borges

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