Um dos mais notáveis incidentes da Guerra Fria envolveu o mesmo tipo de aeronave que descobriu os mísseis em Cuba: o Lockheed U-2. Esse notável e curiosamente simples jato monomotor assemelhava-se mais a um planador do que a um avião militar de combate. Era desarmado, e carregava como equipamento principal câmaras fotográficas de alta resolução.

O grande trunfo do U-2 era a sua altitude de cruzeiro, acima de 85 mil pés, o que, assim pensavam os americanos, tornava-o imune ao ataque dos caças e da artilharia anti-aérea. A grande altitude operacional exigia que seu piloto voasse com um traje de astronauta.

Desde a sua introdução em serviço, em 1957, o U-2 revelou-se extremamente eficiente, especialmente em uma época ainda sem satélites espiões disponíveis. Como se confiava na grande altitude como proteção, muitas missões de reconhecimento (na verdade, espionagem) da CIA - Central Inteligency Agency foram realizadas diretamente sobre o território soviético. Essas missões foram praticamente encerradas quando um U-2 foi derrubado sobre a cidade de Sverdlovsk por um míssil terra-ar, em 1º de maio de 1960.

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