Papo do Editor
Mundo em perigo
Sidney Borges
A Inglaterra decidiu aposentar 007. O mundo mudou, não há segredos a desvendar. James Bond perdeu o emprego para a modernidade. Ninguém precisa de seus serviços. Os dispositivos tecnológicos que outrora livraram o mundo das maldades de Dr. No e Goldfinger estão obsoletos. Desvendar os segredos dos inimigos de sua majestade perdeu o sentido. Para saber o que há basta ligar a televisão na CNN ou Al Jazeera.
Ahmadinejad não nega que está enriquecendo urânio. Apesar do acordo com o Brasil e a Turquia. Ele quer chegar a 80% de enriquecimento. Para produzir energia elétrica bastam 20%. O que será que ele vai fazer? Bombas? Perguntaram. Ele disse que não. O Brasil acreditou. Até prova em contrário eu também. Cada povo tem o direito de fazer o que quiser. Inclusive enriquecer urânio a 80%. Mesmo que seja para guardar. Questão de autodeterminação.
O problema é que Ahmadinejad não gosta de judeus. Muito menos dos judeus de Israel. Sequer acredita no Holocausto. Não sei se ele tem conhecimento do arsenal atômico de Israel. Talvez não tenha, nunca saiu na CNN ou na Al Jazeera. Os israelenses evitam tocar no assunto. Desconfio que fizeram as bombas em segredo. O mundo é pequeno, não há segredo que permaneça oculto. Todos sabem que Israel tem a bomba. Mas se alguém perguntar, desconversam e saem assoviando. Caso você encontre uma fila de judeus ortodoxos assoviando, não se espante. É disfarce.
Urânio é arma letal mesmo sem ter sua energia liberada pela fissão. Radiação mata. E torna cidades inabitáveis. Chernobil não foi destruída, continua de pé, mas inabitável.
O que aconteceria se os terroristas que derrubaram as torres gêmeas tivessem explodido bombas sujas na região? Bombas convencionais que espalham radioatividade. As torres continuariam de pé, embora vazias. Grande parte de Nova Iorque estaria condenada a abrigar fantasmas e baratas, seres imunes à radiação. O impacto econômico seria infinitamente maior. Por que não fizeram? Talvez por falta de matéria prima.
Um ataque nuclear, ainda que com bombas sujas, significará quebra de protocolo. A retaliação certamente ocorrerá. E será atômica. Não vai sobrar gente em Hollywood para contar a história.
Melhor não acontecer. Mas cada dia que passa aumenta a probabilidade de que aconteça. Em que pesem as boas intenções de Lula. Está na hora de repensar os protocolos.
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Sidney Borges
A Inglaterra decidiu aposentar 007. O mundo mudou, não há segredos a desvendar. James Bond perdeu o emprego para a modernidade. Ninguém precisa de seus serviços. Os dispositivos tecnológicos que outrora livraram o mundo das maldades de Dr. No e Goldfinger estão obsoletos. Desvendar os segredos dos inimigos de sua majestade perdeu o sentido. Para saber o que há basta ligar a televisão na CNN ou Al Jazeera.
Ahmadinejad não nega que está enriquecendo urânio. Apesar do acordo com o Brasil e a Turquia. Ele quer chegar a 80% de enriquecimento. Para produzir energia elétrica bastam 20%. O que será que ele vai fazer? Bombas? Perguntaram. Ele disse que não. O Brasil acreditou. Até prova em contrário eu também. Cada povo tem o direito de fazer o que quiser. Inclusive enriquecer urânio a 80%. Mesmo que seja para guardar. Questão de autodeterminação.
O problema é que Ahmadinejad não gosta de judeus. Muito menos dos judeus de Israel. Sequer acredita no Holocausto. Não sei se ele tem conhecimento do arsenal atômico de Israel. Talvez não tenha, nunca saiu na CNN ou na Al Jazeera. Os israelenses evitam tocar no assunto. Desconfio que fizeram as bombas em segredo. O mundo é pequeno, não há segredo que permaneça oculto. Todos sabem que Israel tem a bomba. Mas se alguém perguntar, desconversam e saem assoviando. Caso você encontre uma fila de judeus ortodoxos assoviando, não se espante. É disfarce.
Urânio é arma letal mesmo sem ter sua energia liberada pela fissão. Radiação mata. E torna cidades inabitáveis. Chernobil não foi destruída, continua de pé, mas inabitável.
O que aconteceria se os terroristas que derrubaram as torres gêmeas tivessem explodido bombas sujas na região? Bombas convencionais que espalham radioatividade. As torres continuariam de pé, embora vazias. Grande parte de Nova Iorque estaria condenada a abrigar fantasmas e baratas, seres imunes à radiação. O impacto econômico seria infinitamente maior. Por que não fizeram? Talvez por falta de matéria prima.
Um ataque nuclear, ainda que com bombas sujas, significará quebra de protocolo. A retaliação certamente ocorrerá. E será atômica. Não vai sobrar gente em Hollywood para contar a história.
Melhor não acontecer. Mas cada dia que passa aumenta a probabilidade de que aconteça. Em que pesem as boas intenções de Lula. Está na hora de repensar os protocolos.
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