Crise no Oriente Médio

Amorim diz que ataque de Israel foi "grave" e defende ação da ONU

SOFIA FERNANDES DE BRASÍLIA
O chanceler Celso Amorim afirmou nesta segunda-feira que o ataque israelense à flotilha que levava ajuda humanitária à faixa de Gaza justifica a tomada uma ação por parte da ONU.

"É um ato muito grave, estamos preocupados com isso, esperamos que a ONU adote alguma ação, e que Israel possa atender ao que for solicitado", disse.

Segundo Amorim, a embaixadora brasileira na ONU já foi instruída a apoiar convocação do Conselho de Segurança para discutir o caso. "Espero que o presidente do Conselho de Segurança dê uma declaração forte", disse.

"Não poderíamos ter ficado mais chocados do que com um evento desse tipo. Eram pessoas pacíficas, que não significavam nenhuma ameaça e que estavam procurando realizar uma ação humanitária", disse o chanceler.

Amorim falou à imprensa após participar do 33º período de sessões da Cepal (Comissão Especial para América Latina e o Caribe, entidade da ONU), em hotel de Brasília. Ele afirmou que buscará um caminho pacífico para o incidente, e reiterou que o Brasil é um país amigo de Israel.

"Queremos que Israel viva com segurança, mas não é com essas ações que Israel terá segurança. É tendo a paz com seus vizinhos, paz com os países árabes que os cidadãos israelenses terão a sua paz, a sua tranquilidade", defendeu.

Amorim disse que ainda não conversou com a cineasta brasileira Iara Lee, que estava em um dos navios da flotilha.

Tudo indica que o incidente ocorreu em águas internacionais. O governo brasileiro enviará em breve um diplomata para acompanhar as investigações e dar assistência à brasileira.
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